O boicote: nossa resposta à Espanha
Sylvia Romano*
Será que as autoridades espanholas acham que somos um País de refugiados pobres, delinqüentes, prostitutas e travestis? Será que essas mesmas autoridades não sabem que o Brasil sempre acolheu espanhóis com os braços abertos e que, hoje, a colônia espanhola aqui é imensa e está plenamente integrada à nossa população, como todos os outros povos que para cá vieram fugindo dos problemas e da falta de perspectiva que encontravam em suas terras natais? O que pensam esses burocratas do "baixo clero" do governo espanhol locados em nossa terra e mesmo em seu país?
O Brasil é hoje uma nação de grandes interesses como investimentos para a Espanha, vide os bancos que aqui chegaram, as empresas que aqui se instalaram e o nível de exportação para a nossa terra. Se as autoridades espanholas não se preocuparem com o que vem ocorrendo em relação ao tratamento dado aos brasileiros nas embaixadas, consulados ou na entrada de nossos conterrâneos honestos em seu país, graças às facilidades da comunicação para a convocação da comunidade brasileira, em poucos dias, um boicote aos produtos espanhóis que importamos e consumimos como vinhos, azeites e azeitonas, bem como ao turismo e até mesmo às empresas espanholas aqui instaladas, com certeza traria um grande prejuízo a tais investimentos e às empresas espanholas.
Acho bom o governo espanhol melhorar rapidamente o tratamento e o atendimento dispensado quando do nosso interesse em visitar a tão aprazível Espanha, afinal, em tempos passados, já recebemos a espanhola Carlota Joaquina como rainha, mesmo ela sendo feia, bigoduda e amoral, como contam os livros.
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*Advogada do escritório Sylvia Romano Consultores Associados
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