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Investimentos e oportunidades em celulose e papel no RS

A situação tributária e fiscal do Rio Grande do Sul tem suscitado muita discussão acerca de qual seria o melhor caminho a ser trilhado daqui em diante. Estado com um dos maiores endividamentos do Brasil, o Rio Grande do Sul coleciona na última década déficits financeiros e excessos de despesas sobre a receita.

22/11/2007


Investimentos e oportunidades em celulose e papel no Rio Grande do Sul

Márcio Vasconcellos*

"O pessimista queixa-se do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas." - Willian George Ward

A situação tributária e fiscal do Rio Grande do Sul tem suscitado muita discussão acerca de qual seria o melhor caminho a ser trilhado daqui <_st13a_personname w:st="on" productid="em diante. Estado">em diante. Estado com um dos maiores endividamentos do Brasil, o Rio Grande do Sul coleciona na última década déficits financeiros e excessos de despesas sobre a receita.

O governo atual tem trabalhado no sentido de alterar a arrecadação, por meio de uma série de pacotes tarifários, visando reequilibrar as finanças do Estado, que é um dos mais tradicionais centros de excelência e alvo de investimentos.

Essa iniciativa governamental tem gerado investimentos no mercado de papel e celulose, setor que apresenta um número crescente de investidores por causa do potencial de participação do produto no mercado.

O consumo de papel no Brasil é de apenas 41,4 quilos/ano, índice inferior a países como a Argentina e o Chile, com consumo per capita de 50,5 quilos/ano e 68,3 quilos/ano, respectivamente.

A Votorantim Celulose e Papel (VCP) deverá investir um total de 1,3 bilhão de dólares no Projeto Losango, planta instalada entre as cidades de Pelotas, Rio Grande e Arroio Grande. Desde o final de 2003 foram investidos 160 milhões de reais por ano, conforme informou o diretor presidente da VCP, José Luciano Duarte Penido. O capital aplicado destina-se à formação da base florestal da empresa no Rio Grande do Sul, cujos resultados serão colhidos ao longo dos próximos anos. Apenas em <_st13a_metricconverter w:st="on" productid="2006, a">2006, a VCP teve 330 parceiros florestais que, junto com a empresa, plantaram mais de 6 mil hectares de eucaliptos, em um investimento estimado entre 6 milhões de dólares a 7 milhões de dólares. O abate das árvores injetará na economia gaúcha, anualmente, o montante aproximado de 20 milhões de dólares.

Além da empresa VCP, a Aracruz Celulose projeta um investimento de 1,2 bilhão de dólares para expandir a unidade de Guaíba, onde a produção será quadruplicada e passará a ser uma das maiores unidades produtoras nesse segmento.

A sueco-finlandesa Stora Enso, depois de investir 1,25 bilhão de dólares na nova fábrica da Veracel no sul da Bahia, investirá mais 1 bilhão de dólares no Estado do Rio Grande do Sul, na aquisição de terras para o plantio de árvores que servirão de matéria-prima para a fabricação de celulose. Segundo informação de seu presidente na América Latina, Nils Grafström, o Rio Grande do Sul é o local ideal para a implementação desse projeto.

O mercado da madeira absorve cerca de 250 mil empregos no Rio Grande do Sul, com um faturamento superior a 3,5 bilhões de reais por ano, segundo dados da Universidade Federal de Santa Maria. O Estado tem aproximadamente 360 mil hectares de florestas plantadas, o que representa 1,3% do seu território, de forma que fica evidente o potencial de crescimento que ainda possui.

O Rio Grande do Sul apresenta um alto Índice de Desenvolvimento Humano, ostenta o quarto maior PIB do Brasil e é um dos campeões em atração de investimentos nacionais e internacionais. Nos últimos anos, confirmamos a instalação de centenas de novos empreendimentos, como os da John Deere, Pirelli, AGCO, Bunge, Dell e GKN, totalizando um investimento privado superior a 14 bilhões de reais.

Considerando-se a os investimentos feitos nos últimos anos, torna-se evidente que, com a devida orientação e acompanhamento sério e diligente, investir no Rio Grande do Sul voltou a ser um negócio interessante.

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*Membro do escritório Trigueiro Fontes Advogados









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