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Golpe da falsa portabilidade explode no Brasil: Saiba como se proteger!

Cuidado com a falsa portabilidade de crédito! Golpistas usam essa ferramenta para lesar consumidores. Busque informações confiáveis antes de transferir sua dívida.

12/11/2024

A portabilidade de crédito é uma ferramenta útil para quem busca melhores condições em seus empréstimos, permitindo a transferência da dívida para outra instituição financeira com taxas de juros mais baixas. No entanto, essa facilidade tem sido utilizada por golpistas para aplicar o golpe da falsa portabilidade, lesando e causando prejuízos a muitos consumidores.

Como funciona o golpe?

Os criminosos se passam por correspondentes bancários ou agentes financeiros, oferecendo condições vantajosas para a portabilidade do empréstimo. Eles entram em contato com as vítimas por telefone, e-mail ou até mesmo pessoalmente, prometendo taxas de juros menores e prazos mais longos.

As vítimas, atraídas pelas condições aparentemente vantajosas, acabam fornecendo seus dados pessoais e bancários. Com essas informações, os golpistas contratam um novo empréstimo em nome da vítima, sem que ela tenha conhecimento. Em alguns casos, eles chegam a falsificar documentos e assinaturas para finalizar a operação.

O resultado é que a vítima se vê com duas dívidas: a original e a fraudulenta. Os golpistas desaparecem com o dinheiro do novo empréstimo, deixando a vítima com o prejuízo.

Como se proteger?

A responsabilidade dos bancos em casos de golpe da falsa portabilidade

É importante destacar que, mesmo que a vítima tenha sido enganada pelos golpistas, as instituições financeiras também possuem responsabilidades em casos de fraude. A súmula 479 do STJ afirma que "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias".  

Isso significa que os bancos e financeiras devem garantir a segurança de suas operações e proteger os consumidores contra fraudes. Em caso de golpe da falsa portabilidade, a instituição financeira pode ser responsabilizada por falhas na segurança que permitiram a realização do empréstimo fraudulento, como a falta de verificação adequada dos documentos e da identidade do cliente.   

Na prática, a súmula 479 do STJ garante ao consumidor o direito de buscar indenização por danos materiais e morais sofridos em decorrência do golpe. A vítima pode exigir que o banco cancele o empréstimo fraudulento, restitua os valores pagos indevidamente e compense pelos danos causados à sua imagem e crédito.

É crucial que as instituições financeiras invistam em medidas de segurança e prevenção contra fraudes, como a autenticação em duas etapas, a biometria e o monitoramento constante das operações. A conscientização dos consumidores sobre os riscos e as formas de se proteger também é fundamental para evitar que mais pessoas caiam no golpe da falsa portabilidade.

O que fazer se for vítima do golpe?

A importância de um advogado em casos de golpe da falsa portabilidade

Ao cair no golpe da falsa portabilidade, a vítima se vê em uma situação complexa e desgastante, que envolve questões jurídicas e financeiras delicadas. Nesse momento, contar com o auxílio de um advogado especializado em direito bancário e do consumidor é crucial para garantir a defesa dos seus direitos e a recuperação do prejuízo.

O advogado irá:

A contratação de um advogado demonstra à instituição financeira que a vítima está disposta a lutar pelos seus direitos e que não irá se conformar com o prejuízo sofrido. Isso aumenta o poder de negociação e as chances de obter um acordo favorável.

Lembre-se, o tempo é um fator crucial em casos de fraude. Quanto antes você buscar ajuda profissional, maiores serão as chances de recuperar o prejuízo e evitar maiores problemas.

Pedro Barros
Advogado especialista em Direito do Consumidor e Bancário, sócio-fundador da Ribeiro Barros Advocacia.

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