A vida do advogado autônomo é marcada por uma paixão pela justiça e pelo direito, mas também por uma série de burocracias que podem levar um tempo precioso. Entre contratos, processos, prazos e questões contábeis, é fácil se sentir sobrecarregado. E quando falamos em formalizar o seu negócio, a dúvida sobre qual o melhor caminho a seguir é ainda maior.
Felizmente, existe uma solução que combina a autonomia da advocacia individual com a segurança e os benefícios de uma empresa: A Sociedade Unipessoal de Advocacia (SUA) já é uma alternativa bastante popularizada entre advogados que atuam sozinhos.
Entenda como funciona a Sociedade Unipessoal de Advocacia
A SUA é uma modalidade empresarial que permite que um único profissional exerça a atividade de advogado de forma individualizada, mas com a proteção e os benefícios de uma empresa. Funciona de maneira semelhante a uma empresa limitada, mas com a vantagem de não exigir a presença de mais de um sócio.
Para abrir uma SUA, é necessário cumprir alguns requisitos básicos, como ter inscrição na OAB, possuir um local de trabalho fixo e regularizado e elaborar um contrato social. Também é necessário registrar a empresa na Junta Comercial e obter o CNPJ.
No que diz respeito aos aspectos fiscais, a SUA se enquadra no regime tributário do Simples Nacional, o que significa que a tributação é unificada e simplificada, facilitando o cumprimento das obrigações fiscais.
Vantagens da Sociedade Unipessoal de Advocacia
A Sociedade Unipessoal de Advocacia oferece uma série de vantagens para o advogado autônomo. Entre elas, podemos destacar:
- Menos burocracia: Com a SUA, o profissional poderá ser incluído no Simples Nacional. Isso significa que todos os impostos devidos serão pagos em uma única guia, facilitando o recolhimento e diminuindo muito a burocracia.
- Tributação mais vantajosa: A Sociedade Unipessoal permite que o advogado escolha se quer receber como pro labore ou por meio da divisão de lucros. Esse movimento ajuda a ter mais vantagens no pagamento de impostos em comparação com aqueles profissionais que atuam como Pessoa Física.
- Diferenciação entre bens pessoais e bens empresariais: Atuar por meio de CNPJ também permite limitar o valor dos recursos ligados ao negócio. Isso protege bens particulares e familiares, deixando-os separados dos ativos empresariais e impedindo o bloqueio em caso de problemas financeiros ou jurídicos.
- Oportunidades de trabalho B2B: Um CNPJ oferece muito mais facilidade em ofertar serviços de assessoria para outras empresas. Isso porque consegue fornecer nota fiscal sobre seus serviços e manter relação de prestação de serviços com outras empresas, aumentando as possibilidades de ampliar a carteira de clientes.
- Acesso a serviços bancários para CNPJ: As instituições costumam ter um olhar mais positivo ao oferecer serviços bancários para Pessoas Jurídicas. Assim, fica mais fácil ter acesso a soluções financeiras como linhas de crédito e aplicações bancárias.