Ex-presidente Trump compartilhou um vídeo em suas redes sociais vídeos que se assemelha a trilha sonora de filme de terror. Migrantes supostamente entrando nos EUA de países como Camarões, Afeganistão e China. Tipos de homens com tatuagens e vídeos de crimes violentos são contrastados com closes de pessoas acenando e se envolvendo em bandeiras americanas.
"Estão vindo aos milhares", diz Trump no vídeo, postado em sua rede social. "Vamos garantir nossas fronteiras. E vamos restaurar a soberania."
Em seus discursos e postagens online, Trump intensificou a retórica anti-imigrante enquanto busca a Casa Branca pela terceira vez, retratando os migrantes como criminosos perigosos que "envenenam o sangue" da América. Atacando as mais profundas linhas de falha racial e identidade nacional da nação, sua mensagem muitas vezes se baseia em falsidades sobre a migração. Mas ela ressoa com muitos de seus apoiadores centrais desde uma década atrás, quando os cânticos de "construir o muro" começaram a ecoar em seus comícios.
O presidente Joe Biden e seus aliados discutem a fronteira de forma muito diferente. O democrata retrata a situação como uma disputa de política que o Congresso pode resolver e critica os republicanos em Washington por recuarem de um acordo de segurança.
A imigração quase certamente será uma das questões centrais nas eleições de novembro, com ambos os lados passando os próximos seis meses tentando retratar o outro como errado na segurança da fronteira.
A campanha de reeleição do presidente lançou recentemente uma campanha publicitária de US$ 30 milhões direcionada ao público latino em estados-chave disputados, que inclui um anúncio digital em inglês e espanhol destacando a descrição passada de Trump sobre imigrantes mexicanos como "criminosos" e "estupradores".
A Casa Branca também considerou uma série de ações executivas que poderiam restringir drasticamente as restrições à imigração, efetivamente contornando o Congresso depois que ele não conseguiu aprovar o acordo bipartidário endossado por Biden.
"Trump é uma fraude que só está atrás de si mesmo", disse o porta-voz da campanha de Biden, Kevin Munoz. "Vamos garantir que os eleitores saibam disso em novembro."
Trump fará campanha na terça-feira em Wisconsin e Michigan esta semana, onde é esperado que ele novamente ataque Biden sobre imigração. Sua campanha disse que seu evento na cidade de Grand Rapids, no oeste de Michigan, se concentrará no que ele alegou ser "o banho de sangue na fronteira de Biden".
O ex-presidente chama as recentes prisões recordes de travessias da fronteira sudoeste de uma "invasão" orquestrada pelos democratas para transformar a composição dos Estados Unidos. Trump acusa Biden de permitir deliberadamente que criminosos e potenciais terroristas entrem no país sem controle, indo tão longe a ponto de afirmar que o presidente está envolvido em uma "conspiração para derrubar os Estados Unidos da América".
Ele também retrata os migrantes - muitos deles mulheres e crianças escapando da pobreza e da violência - como "envenenando o sangue" da América com drogas e doenças e afirmou que alguns "não são pessoas". Especialistas que estudam o extremismo advertem contra o uso de linguagem desumanizadora ao descrever os migrantes.
Não há evidências de que governos estrangeiros estejam esvaziando suas prisões.
Mas ainda é possível, aos indocumentados dentro dos EUA, que entraram de forma legal, reaverem seus status e buscarem um Green Card através do Arbítrio de Singularidade e algum processo de visto de trabalho.