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Um novo olhar sobre a investigação patrimonial e de ativos judiciais

Investir em ativos judiciais é uma oportunidade crescente no Brasil, exigindo pesquisa, automação e IA para localizar bens em processos paralisados, impulsionando negócios e apoiando empresas e advogados.

20/3/2024

No Brasil, existe ainda um grande volume de processos judiciais em andamento, tanto sob titularidade de empresas quanto de pessoas naturais, que acabam sendo arquivados ou deixados de lado pela dificuldade de se encontrar bens e pelo próprio custo de condução processual. Essa é uma fatia do mercado de ativos judiciais, os denominados créditos distressed, que pode ser melhor aproveitada com os investimentos adequados.

Experiência em pesquisa, com atuação de profissionais qualificados, aplicação de automação e uso de tecnologias recentes, como a inteligência artificial, são indispensáveis para obtenção de êxito na busca por bens em ações judiciais aparentemente sem solução quanto ao recebimento dos valores fixados, seja ausência de bens penhoráveis ou mesmo por possível ocultação de bens.

Empresas especializadas em direitos creditórios já possuem vasta experiência na investigação patrimonial e de ativos judiciais. O investimento focado nesse segmento auxilia não apenas na melhoria dos negócios relacionados à tradicional cessão de créditos judiciais, mas amplia um mercado que tem como objetivo dar suporte a empresas, advogados e escritórios de advocacia em processos já em fase de execução, com serviços que aumentam as chances de êxito na localização de bens dos devedores.

De acordo com o relatório “Justiça em números 2023”, disponibilizado pelo CNJ,  o Judiciário possuía 81 milhões de processos pendentes de baixa no final do ano de 2022, sendo que, desse montante, 52,3% estavam na fase de execução, ou seja, mais de 42 milhões de ações, o que dá uma ideia da extensão do mercado de ativos judiciais passíveis de serem negociados.

Não basta somente ganhar o processo, é preciso efetivar o direito por meio do recebimento do que foi judicialmente determinado. Da mesma forma, desistir de levar a frente uma execução diante das primeiras tentativas frustradas de encontrar valores e bens dos devedores, com uso apenas dos sistemas tradicionais de busca disponíveis ao Judiciário como, por exemplo, Sisbajud, Infoseg ou pesquisa Arisp, é praticamente abrir mão de uma parcela representativa do mercado. É necessário ir mais a fundo nesses casos.

Renata Nilsson
CEO e sócia da PX Ativos Judiciais | Consultora especializada em fundos de investimentos (FIDCs) e plataformas focadas na aquisição de créditos judiciais incluindo trabalhistas, cíveis e precatórios.

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