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O custo da advocacia autônoma e a ajuda da cessão de crédito judicial

A advocacia enfrenta desafios amplos, desde relações profissionais até atualizações constantes. Advogados autônomos precisam gerenciar negócios e lidar com custos essenciais.

28/2/2024

A advocacia é uma profissão que envolve uma série de desafios, desde a relação com os clientes, com os colegas e demais operadores do direito, até a necessidade constante de atualização, visto que leis são criadas e alteradas rotineiramente. Para aqueles que atuam de maneira autônoma, acrescentam-se ainda mais exigências para o êxito na carreira, como habilidades de gestão de negócios, conhecimentos em contabilidade e em finanças, entre outros.

Como se vê, não é fácil. E além de possuir todos os conhecimentos técnicos para exercício da função e para a administração da carreira, é preciso estar preparado para arcar com os custos básicos da advocacia, como a anuidade da OAB, com eventual aluguel de sala comercial, com as contas mensais relacionadas à internet e sistemas de gestão, gastos com vestuário, entre outros.

Ainda assim, muitos profissionais sonham em trabalhar como autônomos, em busca de mais liberdade no gerenciamento do próprio tempo e na condução de seus processos, no entanto, esbarram justamente na questão financeira. Abrir o próprio escritório logo no início da carreira pode não ser tão comum, mas também não é preciso que o advogado com veia empreendedora espere por longos anos até conseguir os recursos para alçar voo solo.

Ao ganhar os primeiros processos, o advogado ou advogada já pode se valer da cessão de crédito judicial para levantar valores, cobrir custos, pagar dívidas, realizar investimentos e tomar outras medidas com o propósito de iniciar sua jornada autônoma na profissão.

Importante ressaltar que a cessão do crédito judicial pode ser feita sobre a integralidade dos créditos ou somente sobre uma parte e, ainda, estar relacionada apenas aos honorários advocatícios ou contar com a participação do cliente e seus respectivos créditos. Dessa forma, não há impedimentos caso apenas o advogado queira ceder seus créditos ou somente o cliente.

Dessa forma, percebe-se que a antecipação de créditos judiciais pode auxiliar advogados e advogadas desde os primeiros anos de profissão, possibilitando acesso a recursos para a abertura e a manutenção de um escritório próprio. Entretanto, cabe salientar que essa opção de crédito deve se manter à vista dos profissionais durante toda a carreira, uma vez que sempre haverá necessidade de novos investimentos, seja na estrutura do escritório, em cursos no exterior ou em outros pontos, para que haja um bom desenvolvimento dos negócios.

Renata Nilsson
CEO e sócia da PX Ativos Judiciais | Consultora especializada em fundos de investimentos (FIDCs) e plataformas focadas na aquisição de créditos judiciais incluindo trabalhistas, cíveis e precatórios.

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