Nos dias 15 e 16 de agosto de 2023, acontece em Brasília, a Marcha das Margaridas
A Marcha das Margaridas é um movimento popular que ocorre no Brasil e reúne mulheres do campo, da floresta e das cidades em uma grande mobilização em defesa dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero. O nome "Marcha das Margaridas" é uma homenagem a Margarida Maria Alves, líder sindical brasileira assassinada em 1983 por lutar pelos direitos trabalhistas no campo.
A primeira edição da Marcha das Margaridas aconteceu em 2000, em Brasília, e desde então tornou-se um evento bienal que reúne milhares de mulheres de todo o país. A marcha é organizada por diversas organizações, como a CONTAG- Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, a CUT - Central Única dos Trabalhadores e a Marcha Mundial das Mulheres.
A Marcha das Margaridas é um importante espaço de luta e visibilidade para as mulheres trabalhadoras rurais, que enfrentam diversas formas de discriminação e desigualdade. As margaridas representam as diferentes vozes e demandas dessas mulheres, que enfrentam desafios como a falta de acesso à terra, ao crédito, à educação, à saúde, à moradia digna e a condições de trabalho justas.
Durante a marcha, as mulheres trazem suas pautas e reivindicações, levantando bandeiras como o combate à violência de gênero, a defesa dos direitos reprodutivos, a valorização do trabalho das mulheres no campo, a garantia de políticas públicas específicas para as trabalhadoras rurais, a preservação do meio ambiente e a participação política das mulheres.
Além das manifestações de rua, a Marcha das Margaridas também promove debates, oficinas e outras atividades que fortalecem a organização e a capacitação das mulheres envolvidas. O evento busca criar espaços de diálogo e troca de experiências, fortalecendo a união entre as mulheres do campo e da cidade em busca de uma sociedade mais justa e igualitária.
A Marcha das Margaridas é uma importante ferramenta de mobilização e empoderamento feminino, que tem como objetivo principal influenciar políticas públicas e conquistar avanços concretos na garantia dos direitos das mulheres trabalhadoras rurais. Através dessa manifestação coletiva, as margaridas deixam claro que estão unidas e dispostas a lutar por uma sociedade mais inclusiva, igualitária e livre de violências de gênero.