Toda mudança de paradigmas faz surgir o estado natural das coisas e que precisa ser novamente transformada para que possa gerar algo útil para atender as necessidades e carências humanas1. Não adianta querer tratar a realidade como se fosse simples diante da complexidade contemporânea.
O Estado precisa estar mais perto e de forma profunda no espaço-tempo da educação do país e os alunos precisam ser envolvidos nas transformações que a Escola brasileira deva caminhar. O aluno é parte e importante para a manutenção da totalidade educação-desenvolvimento humano, mas para isso é preciso que as autoridades brasileiras percebam que o momento é uma oportunidade para o novo pensar, sentir, compreender e agir orientados por novos paradigmas que já estão presentes com o mundo contemporâneo.
É preciso uma gestão de conhecimento com a comunicação sendo o instrumento para o desenvolvimento do novo conhecimento, pois o avanço tecnológico chegou e trouxe também modalidades de orientações nocivas para a humanidade e a escola não pode continuar sendo vítima em razão da ausência de novo modo de ser que promova o respeito, a solidariedade e a inclusão.
É preciso um ensino que o aluno possa aprender a discernir qual informação deve ser considerada e qual deve ser descartada de imediato com o pensar sistêmico. Deve perceber que qualquer ato menor que seja origina consequências locais, nacionais e no planeta. O atual destino da humanidade está no desenvolvimento da consciência e da inteligência humana2. O novo mundo exige um modo de ser (existencial) diferente daquele do passado.
O conhecimento que é disseminado na escola está ainda voltado apenas para a tecnicidade é preciso regenerar e ligá-lo ao ensino de uma ética3 que se preocupe com a manutenção do equilíbrio com a totalidade.
A escola é um gigante responsável por colocar um país e a humanidade em patamar elevado de consciência, mas que a cada mudança de paradigmas é preciso ficar atento e com o novo conhecimento fortalecer as bases para que volte a ser um gigante com os pés fortes que possa superar a complexidade da realidade contemporânea e o desvelamento de valores ainda não percebidos.
É na Escola e com a escola que tudo começa ainda mais diante da nova sociedade: a sociedade do conhecimento4.
Não é apenas colocando polícia e mais polícia para segurança, mas também buscando estabelecer novos protocolos de condutas e uma reforma do conhecimento ensinado nas escolas do país porque a essência do problema é de educação. Estabelecer uma educação contínua e centrada na condição humana5 para um melhor futuro, mas com o futuro começando agora.
Como informa Jacques Delores6 et al, no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI: Educação é um tesouro a descobrir e sendo, nessa perspectiva, a escola a instituição-chave que deve fazer parte do coração de todos para um novo sentir, pensar, compreender e agir.
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1 DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
2 MORIN et al, Edgard. Ética, cultura e educação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
3 MACÊDO, Ivanildo Izaias. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
4 MATIAS-PEREIRA, José. Manual de Gestão Pública Contemporânea. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
5 MARINHO, Girlei Veloso. Método GVM: gerenciar viabilidades para mudanças, 2023.
6 DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 7. ed. São Paulo: Cortez: MEC: UNESCO, 2002.