Migalhas de Peso

Você sabe o que é marketing jurídico?

O advogado não pode falar de sua marca, serviços e dados de contato, mas pode criar conteúdo informativos e relevantes, atraindo a atenção das pessoas e se tornando mais conhecido e respeitado como profissional. Consequentemente, ele gera mais oportunidades e amplia seu negócio.

15/2/2023

Hoje falaremos especialmente com os nossos leitores que também são colegas de profissão ou que pretendem atuar na área de marketing, especificamente, o marketing jurídico ou de advocacia. Para saber mais sobre o assunto, siga conosco até o final!

O QUE É MARKETING JURÍDICO? ELE ESTÁ DE ACORDO COM O CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB?

Sabemos que a OAB possui um código de ética no qual é vedada a propaganda para captação de novos clientes. Essa vedação, para muitos, é um empecilho para atuar no mercado jurídico, pois acreditam que ela dificulte muito a ampliação do escritório. Porém, isso não é verdade.

Marketing jurídico, por exemplo, é uma estratégia de posicionamento para os advogados atuantes no mercado que torna possível atrair novos clientes, já que, por meio dela, os operadores do direito mostram suas especialidades aos potenciais clientes e quais os problemas ele é capaz de solucionar.

De início, para implementar o marketing jurídico em um escritório, é necessário mudar a forma como se enxerga a advocacia, passando a entendê-la como um negócio e que não há impedimento de tratar a advocacia dessa forma.

Mas você pode se perguntar, qual a diferença entre captar e conquistar um cliente? E a diferença é simples. Na captação – proibida pela OAB -, o advogado pratica abordagem de venda direta, tentando convencer o cliente de que ele precisa contratar seus serviços.

Já na conquista, o advogado educa seu público, falando sobre problemas jurídicos relevantes, trazendo artigos e referências e, por consequência, virando uma referência de profissional a ser lembrada em casos de necessidade. Fazendo isso o advogado respeitará o art. 39 do Código de Ética que diz:

“A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.”

Ou seja, o advogado não pode falar de sua marca, serviços e dados de contato, mas pode criar conteúdo informativos e relevantes, atraindo a atenção das pessoas e se tornando mais conhecido e respeitado como profissional. Consequentemente, ele gera mais oportunidades e amplia seu negócio.

CONCLUSÃO

Apesar das limitações impostas, é possível se tornar um profissional diferenciado no mercado da advocacia pelo marketing jurídico, por meio de ações que te farão ser visto como alguém de muito saber e capacidade, se tornando um advogado/uma advogada visado (a), renomado (a) e lembrado (a) nos momentos em que o cliente precisar.

Quer saber mais sobre algum caso ou assunto? Deixe sua sugestão!

D. Ribeiro
Advogado criminalista militante, pós-graduado em direito administrativo e constitucional; pós-graduado em direito penal e processo penal, MBA em Gestão empresarial - FGV - SP.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Artigos Mais Lidos

A insegurança jurídica provocada pelo julgamento do Tema 1.079 - STJ

22/11/2024

O SCR - Sistema de Informações de Crédito e a negativação: Diferenciações fundamentais e repercussões no âmbito judicial

20/11/2024

O fim da jornada 6x1 é uma questão de saúde

21/11/2024

ITBI - Divórcio - Não incidência em partilha não onerosa - TJ/SP e PLP 06/23

22/11/2024

Falta grave na exclusão de sócios de sociedade limitada na jurisprudência do TJ/SP

20/11/2024