Migalhas de Peso

Comentários sobre problemas de fornecedores de formaturas

É fato que essas empresas começaram de maneira maciça a cortar “na própria carne” custos fixos, mas que mesmo assim não foram suficientes para regularizar seus débitos.

31/1/2023

Infelizmente, iniciamos o ano de 2023, com muitas histórias de estudantes espalhados por todo o país, mencionando a FALTA DE ENTREGAS de empresas de evento.

Esses problemas já deixaram de ser regionalizado há tempos em todo o país, uma vez que o setor de eventos, foi reconhecidamente o PRIMEIRO A PARAR e o ÚLTIMO A RETORNAR.

Isso tem acontecido logo no início dos anos, uma vez que existe uma lei que foi criada no período da pandemia, que autorizou essas empresas a prorrogar os débitos e iniciar os pagamentos para os formandos de maneira parcelada, e até o dia 31 de dezembro de 2022.

É fato que essas empresas começaram de maneira maciça a cortar “na própria carne” custos fixos, mas que mesmo assim não foram suficientes para regularizar seus débitos.

Agora o que chama muita atenção de todos, é a maneira em que essas coisas estão acontecendo no mercado de formaturas, uma vez que ANTIGAMENTE, simplesmente os formandos notavam que a empresa não estava bem, e já conseguiam prever essa situação, e os ensaios dos eventos simplesmente não aconteciam.

Recentemente estamos vendo a ARRUMAÇÃO DOS LOCAIS, AINDA QUE PARCIALMENTE, movimento de FORNECEDORES TERCEIRIZADOS para o evento, o que gera expectativas reais de que tudo vai acontecer, mas exatamente no momento da entrega, NADA ACONTECE, os locais se mostram um verdadeiro castelo abandonado!

Atitudes como essas é que tem chocado as pessoas e a comunidade local, inclusive as Universidades, que acabam vendo seu nome associados a eventos negativos, o que prejudica a conquista de novos alunos ingressantes.

Mas a crise não está somente sob o olhar dos fornecedores... existem casos de FORMANDOS que gerenciam as contas das turmas, ficam com dinheiro em suas contas pessoais, e acabam empregados em atividades diversas, que não as da formatura, como o caso relatado em São Paulo logo na virada do ano.

Agora EXISTE UMA MEDIDA SEGURA para esse enfrentamento... Há anos temos notado o crescimento de empresas ESPECIALIZADAS na GESTÃO DESSAS FINANÇAS, onde apresentam um arranjo de pagamento seguro, colocando o dinheiro no local seguro, e não na conta dos fornecedores, que nesse momento, estão claramente trabalhando o giro do dinheiro, o que acaba MISTURANDO O CAPITAL QUE DEVERIA SER ENTREGUE PARA UM EVENTO, NO OUTRO.

Essa sem sombra de dúvidas, é uma das melhores estratégias, deixar o dinheiro depositado na conta dos gestores dos fundos de formatura, no CNPJ próprio das turmas, sem transferir INTEGRALMENTE o saldo para eles, de forma antecedente.

Agora... depois do contrato assinado, sem esses cuidados tomados, e com a formatura não realizada, ou até mesmo contratada com fornecedores, envolvidos em escândalos, os FORMANDOS se perguntam... O QUE PODE SER FEITO?

A única medida possível é o ingresso de medidas judiciais, com a finalidade de defender os interesses dos alunos, principalmente focando em MEDIDAS CONSTRITIVAS, tais como: BLOQUEIO DE BENS E VALORES NAS CONTAS DESSES FORNECEDORES ENVOLVIDOS EM ESCÂNDALOS, cientes que quando os fornecedores chegam nesse ponto, significa que as reservas financeiras praticamente não existem.

Note que esse comportamento é indispensável, para se evitar que os valores existentes, sejam penhorados por outra turma, que já tiveram problemas anteriores e que estão a caça de indenizações, e cada um vai usar de suas estratégias, para tentar garantir um saldo financeiro para executar suas festividades, ou seja, o giro dessas empresas, vai ser reduzido drasticamente.

Em breve vamos soltar dicas valiosas para formandos enfrentarem esses problemas.

Julio Benvindo
Advogado especialista em CONTRATOS DE FORMATURA E EVENTOS, trabalhando com esse tipo de demanda, há mais de 10 anos.

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