Incorporar a política de diversidade e inclusão nas empresas está muito além da simples responsabilidade social.
Esclareça-se que quando uso “simples” não significa, de maneira alguma, algo desmerecedor, pois a responsabilidade social, nos tempos atuais é uma atitude digna e extremamente positiva no âmbito corporativo.
Isso porque a responsabilidade social é uma postura voluntária que empresas adotam para promover ações afirmativas para colaboradores e clientes, o que significa qualidade de vida e bem-estar a ambos os públicos (interno e externo).
Ao adotar tais políticas, a empresa terá, mais que responsabilidade social, grandes benefícios para ela própria. Exemplo disso é o aumento expressivo da capacidade criativa e da inovação para que seja possível alcançar melhores resultados práticos.
Outro ponto é que, ao incluir a diversidade, traz-se ao ambiente de trabalho diferenciais competitivos, com o fim de incorporar um clima organizacionais de mais respeito, liberdade de expressão e empatia no foco dos steakholders.
Um ambiente inclusivo é saudável, pois, além desses benefícios já citados também diminui a rotatividade entre os trabalhadores, que tendem a permanecer por mais tempo no local.
O grande desafio da diversidade e inclusão hoje está na implementação da política organizacional, que pressupõe mudanças para que se possibilite a equidade no ambiente profissional. E por quê? Porque a equidade requer adaptação das oportunidades internas.
Infelizmente muito ainda se vê em relação a discriminações a negros, LGBTQIA+, pessoas com deficiência e mulheres nos processos seletivos e dentro das próprias empresas.
A informação fica evidente ao analisar a pesquisa de International Business Report, que aponta que mulheres, no Brasil, ocupam apenas 34% de cargos de liderança, por exemplo. A Relação Anual de Informações Sociais mostrou que, em 2019, pessoas com deficiência representavam somente 1% dos empregados no país.
Longe de se confundir a inclusão com o assistencialismo, a diversidade nas empresas traz novas possibilidades, mais produtividade, troca de experiências e atinge, assim, melhores resultados, o que reflete, inclusive, nos lucros.
Para tanto, é preciso que as empresas invistam no desenvolvimento de políticas de inclusão, por meio de profissionais capacitados e experientes para essa aplicação.