Lula defendeu o diálogo entre os eleitores e seus representantes parlamentares.
Parlamentar existe para "parlar", para conversar. Tem obrigação de dialogar com aqueles que o elegeram.
Para se eleger, o parlamentar vai à casa do eleitor pedir o voto, expor seus projetos, suas pretensões e os posicionamentos que adotará no cargo.
Nada mais natural, portanto, que, eleito e no exercício do cargo, receba em sua casa o eleitor que o procura para dele cobrar e influenciar seu posicionamento na votação dos projetos. É da democracia.
Como vereador de Capivari por dois mandatos, muitas vezes fui procurado em minha casa, em meu escritório e até no banco onde eu trabalhava para tratar de minha atuação na Câmara.
Mas parlamentares bolsonarentos têm incompatibilidade com a atividade para a qual foram eleitos. Fascistas por excelência, só conhecem a bala como força argumentativa.
Os bolsonarentos adulteraram a fala de Lula e cortaram exatamente a parte em que ele menciona a necessidade do diálogo ("não é para xingar não, é para conversar com ele"). Eles têm dificuldade de dialogar exatamente porque estão sempre distorcendo a verdade e criando mentiras.
A "verdade" que os "liberta", preceito que BolsoNero furtou das sagradas escrituras e reduziu a mero bordão eleitoral, é a verdade da bala. São prisioneiros de sua própria monstruosidade e dela não querem se libertar.
O que me preocupa é que essa onda de deputados armados pipocando nas redes sociais e ameaçando matar Lula vai incutindo na mente frágil de muitos de seus eleitores a ideia de que eliminar o ex-presidente é natural, é justificável e justificado. Não faltará um abilolado desses que tentará fazê-lo.
Incompatíveis com a atividade parlamentar, os deputados covardes estão terceirizando um atentado político.