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Basquete abre portas para jovens brasileiros em universidades dos Estados Unidos

É importante ressaltar que falar inglês de conversação não basta quando se trata de formação universitária.

23/11/2021

(Imagem: Arte Migalhas)

Muitas pessoas sonham em viver nos Estados Unidos e conquistar uma carreira de sucesso durante a estadia. Um dos meios para conseguir isso é por meio do esporte e foi como Caio Teixeira conseguiu promover o próprio desenvolvimento ao se candidatar para uma vaga na universidade pleiteando bolsa de estudos para jogar basquete e futebol. Atualmente, após se graduar em Administração e jogar pela Johnson University de Orlando, Caio produz conteúdo para internet com base em suas experiências no país.

Para os jovens, essa é uma boa forma de apresentar quais são as possibilidades de crescimento e desenvolvimento em outro país, visto que existe uma infinidade de oportunidades nos Estados Unidos quando o assunto é esporte. Desde os 13 anos, Caio jogou no Brasil pelos times de Niterói e do Botafogo e quando surgiu a chance de ir para os Estados Unidos, precisou participar de diversas peneiras para conseguir se alocar em um time do ensino médio.

Segundo o atleta, foi fundamental o treinamento de alto nível ainda no Brasil para conquistar a vaga na high school, uma vez que os estudantes do colégio já estavam desenvolvendo suas habilidades para convencer o técnico e esperando conquistar essa oportunidade. Ele relata que os anos jogando campeonatos sub-15 e sub-19 fizeram toda a diferença nesse processo.

No entanto, a conquista da bolsa esportiva em uma universidade costuma ser o momento mais difícil para esses estudantes, considerando o valor necessário para estudar, que pode chegar a mais de 50 mil dólares anualmente, sem contar os custos de residência, transporte, alimentação e lazer. Por esse motivo, muitos buscam a oportunidade de bolsa de estudos, seja ela por mérito acadêmico ou esportivo. 

Ao terminar o último ano escolar, apesar de fazer parte do time titular de basquete, Caio não recebeu nenhuma proposta de universidades, o que o levou a fazer um showcase para mais de 40 técnicos de basquete, vindos de todos os cantos do país. Com isso, conseguiu duas propostas vindas de Massachusetts e Vermont, onde a oferta era mais vantajosa e com uma estrutura colossal.

Ainda assim, Caio passou por algumas adversidades, como o frio e a falta de oportunidades no time da faculdade, sendo que durante o primeiro ano ele jogou apenas 15 minutos inteiros devido à falta de reconhecimento por parte dos técnicos e colegas de equipe, diferentemente dos times que fez parte em Orlando, que eram mais abertos a estrangeiros.

Por essa razão, após o período de um ano, ele solicitou a transferência para Orlando e terminou a graduação em Administração e Negócios no Estado da Flórida, embora não tenha conseguido continuar com o basquete devido a algumas barreiras de idioma e com as matérias de cálculo.

É importante ressaltar que falar inglês de conversação não basta quando se trata de formação universitária, quando é necessário entender termos técnicos de disciplinas que podem ser extremamente difíceis, como cálculo, bem como para os que desejam cursar matérias biológicas, como medicina e química.

E mesmo fora do time de basquete, Caio não deixou de praticar o esporte e continuou recebendo apoio de patrocinadores e da NBA Brasil para compartilhar a experiência que estava vivendo nos Estados Unidos com os vídeos no YouTube, que além do dia a dia real no país mostram também diversos materiais sobre o esporte. Atualmente, além de produzir conteúdo para internet, Caio também quer continuar no meio do esporte, seja jogando ou comentando os jogos de forma profissional.

Daniel Toledo
Advogado do escritório Toledo Advogados Associados. Especializado em Direito Internacional. Consultor de negócios. Palestrante. Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB/SP e Santos.

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