Recentemente, estudando e ouvindo diversos profissionais da área jurídica, surgiram diferentes opiniões sobre qual seria o principal ativo do advogado criminalista.
Ativo, nesse contexto, significa aquele conjunto de valores, qualidades, bens que integram e acompanham o exercício profissional do advogado.
Entre as posições, podemos citar:
- A atenção do juiz, desembargador ou ministro;
- O próprio nome do advogado;
- Sua credibilidade;
- Sua palavra (escrita ou falada);
- O seu cliente;
- O seu tempo e de todos os envolvidos na persecução penal.
A princípio, muito tentador dizer ser o cliente o principal ativo do advogado criminal, pois sem ele não é possível nem sequer exercer sua profissão. Sem o cliente, não há interação com os outros sujeitos processuais e, sem trabalho, não há nome e credibilidade que se sustentem.
Digo, entretanto, que o ativo mais valioso ao advogado criminalista é a proatividade, de mãos dadas com a perseverança.
Proatividade em ser um melhor profissional a cada dia, de buscar a melhor solução para quem nos contratou e entender a responsabilidade de comandar a parte defensiva do caso penal, não se olvidando da cooperação para o bom andamento do processo.
Perseverança para exercer a advocacia com dignidade e independência, observando os preceitos de ética e defendendo as prerrogativas da profissão e defendendo, com o mesmo denodo, os ditos humildes e os ditos poderosos.
Em suma, o principal ativo do advogado criminalista está nos deveres dispostos no parágrafo único do artigo 2º do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Conservar esses valores é honrar a profissão e cumprir com o compromisso assumido, quando ingressamos no quadro da Ordem dos Advogados do Brasil.
Uma visão um pouco romântica? Talvez.
Sem uma boa dose de romantismo a vida não tem cor e a advocacia criminal, por sua vez, perde o sentido.
E para você, qual o ativo mais valioso para o(a) advogado(a) criminalista?