“A barbárie é movida pela inveja, e ataca os melhores por serem melhores. Há algo mais podre que isso?”
A frase da escritora Ayn Rand pode remeter a uma série de eventos atuais, principalmente nesses tempos de enormes transformações motivadas pela pandemia. Embora Rand tenha sido uma fervorosa defensora da razão, me curvo àqueles sentimentos inexplicáveis que aquecem os espíritos e impulsionam o homem à grandeza.
A razão explica, mas a emoção move. Aliar razão e paixão, porém, é uma arte extremamente complexa.
Nessa data em que se comemora o Dia do Advogado, não poderia deixar de reafirmar aqui a minha profunda gratidão à profissão e reverenciar a todos aqueles que escolheram ser advogado.
Não me furto à emoção, pois em todos esses anos que pratico a advocacia, a todo instante me convenço de que ser advogado é ter paixão pela Justiça e pelo Estado de Direito, sustentado nas leis da razão.
A advocacia, de fato, não é uma profissão para covardes, principalmente nesse período em que o advogado tem sido exigido, cada vez mais, a ser um aliado estratégico de business e, por óbvio, a zelar pelo direito e pela liberdade, dentro dos mais elevados princípios do código de ética da profissão.
Porém, não foi sem motivos que a Ordem dos Advogados do Brasil, atenta às transformações digitais, aprovou recentemente provimento com novas regras para a publicidade na advocacia.
O provimento buscou modernizar a forma como a categoria poderá fazer publicidade, autorizando o uso de ferramentas tecnológicas e das redes sociais. A participação de advogados em lives também foi regulada, além do uso de ferramentas como Chatbot, Whatsapp e o Google Ads.
Foi um acerto de passo com o mundo digital. Era mesmo necessário adequar a profissão aos novos tempos.
Dentro das novas normas estabelecidas pela OAB, estamos contando um pouco da história da advocacia em forma de cartuns, assinados pelos talentosos Laerte e Rafa Coutinho. É uma viagem informativa no tempo, de caráter didático e com bom humor. A resposta da própria categoria tem sido recompensadora.
Obviamente, essas mudanças nas regras feitas pela OAB levarão um período para serem assimiladas, mas, sem dúvida, irão beneficiar, sobretudo, os jovens advogados, que contarão com um meio para alavancar o início de carreira sem grandes desembolsos.
Sou plenamente favorável às modificações aprovadas pela Ordem. Já era tempo. Acho que essa mudança é o grande presente aos advogados nesse dia 11 de agosto. O discernimento sobre o que é permitido, porém, não deve ser movido pela inveja, como disse Ayn Rand, somente para atacar “os melhores por serem melhores”.
Como bem disse o jurista Paulo José da Costa Jr, “o advogado é o defensor dos direitos ofendidos, o detentor dos segredos invioláveis e o guardião dos interesses sociais”. Que esses sejam sempre os motivos que nos movem com razão e paixão. Parabéns, advogado!