Você deve ter visto essa semana (terça-feira, 29 de junho de 2021), foi publicado no website do Migalhas.com.br que a OAB LIBERA IMPULSIONAMENTO DE POSTAGENS EM REDES SOCIAIS.
Não precisamos entrar nos detalhes das diversas tentativas passadas de bloqueios estabelecidas pela OAB em relação a liberação do marketing jurídico no Brasil. Os escritórios de advocacia, os advogados independentes, são negócios e precisam crescer, se desenvolver e gerar lucros. Como todo outro modelo de negócio, independente do segmento de atuação.
O mais importante nesse momento é analisar o que funciona e o que não funciona, para que os advogados consigam estruturar uma estratégia efetiva para fortalecer sua marca no mercado.
Mas impulsionar anúncios é a melhor estratégia para o seu escritório de advocacia? Para responder a esta pergunta, vamos trazer aqui algumas terminologias que não são do universo jurídico: marca, posicionamento, branding, logotipo, canal, percepção, público, conteúdo, atração, fidelização, nível de experiência e valor percebido.
Assim como há no Direito terminologias próprias, quando se fala em marketing não é diferente. Conhecer cada uma delas pode determinar o sucesso ou o fracasso de um plano de marketing jurídico em um escritório de advocacia.
O marketing jurídico é uma etapa importante para o sucesso dos negócios, mas não é a única.
Fazer marketing jurídico sem criar uma boa estratégia de posicionamento de marca, pode fazer o seu tal de marketing jurídico, ser tornar um tiro no pé.
Venho acompanhando diversos escritórios de advocacia ao longo desses mais de 15 anos trabalhando com branding (construção de marcas) para o segmento jurídico. E, para responder essas (e muitas outras) dúvidas, preparei este conteúdo. Se você se interessa pelo tema e quer saber como aplicar estratégias de branding e marketing jurídico para melhorar os resultados do seu escritório de advocacia é só continuar a leitura.
Em primeiro lugar vamos desvendar os cinco mitos que ainda muitos advogados e profissionais do ramo jurídico não compreenderam, e que são essenciais para você saber na hora de contratar o profissional certo e ou uma agência parceira para ajudá-lo nesse processo.
1 - MARCA não é logotipo;
2 - Website não é marketing;
3 - Redes sociais podem não ser o melhor canal de comunicação; principalmente quando você não sabe o que dizer e para quem; e para onde para direcionar esse canal;
4 - Marketing não é enviar brinde de final de ano; principalmente em uma época de Pandemia e de grandes restrições impostas por companhias e governos, assim como a chegada de novas tecnologias;
5 - Posicionamento não é fazer tudo, mas sim fazer uma única coisa, muito bem feita. Principalmente entregar o que vendeu com um nível de experiência acima da média.
Com estratégias bem estruturadas, com visão de longo prazo, os resultados são mais duradouros na atração e na fidelização de potenciais clientes. Esses pontos acima são essenciais para você que deseja investir corretamente o seu dinheiro e colher os frutos desejados.
Mas como contratar e executar uma estratégia de marketing jurídico efetiva?
Minha sugestão é primeiro sabendo o que não fazer.
Vamos abordar aqui os três principais erros que podem matar o seu negócio. A maioria dos advogados cometem esses erros na hora de contratar e principalmente da hora de colocar em prática o marketing jurídico correto para o seu escritório. São eles:
1 – A falta de um plano tático estruturado (para onde vamos);
2 – Não fazer uma análise da concorrência (como vamos nos diferenciar);
3 – Não ter um público-alvo definido; (com quem vamos falar.)
Muitas vezes esses erros são cometidos por empresas sem que elas próprias percebam, seja por desinformação ou por estarem recebendo uma assessoria inadequada na área do marketing jurídico.
"Qual o jeito mais rápido e fácil de aumentar minhas vendas?"
Esta é uma das perguntas que eu mais escuto na minha vida. Geralmente, a empresa/ o escritório de advocacia está passando por problemas financeiros, perda de clientes, buscando aumento de receita, e as vendas curam muitas das dores. Se o negócio está em alta nas vendas, ela pode até ter alguns problemas – de gestão, de relacionamento – mas ela sobrevive, porque tem fôlego. Mas quando as vendas começam a cair, esses outros problemas começam a aparecer. Sem contar a concorrência chegando.
Hoje no Brasil há o equivalente a 15 Maracanãs lotados de advogados – atualmente existe 1.1 milhão de advogados no país, o maior em todo o mundo, diga-se de passagem. Mantendo-se o ritmo de crescimento dos últimos anos, chegaremos ao inacreditável número de 2 milhões de advogados no ano de 2032. A título de comparação, no Brasil existem cerca de 450 mil médicos.
Fonte: StarteSe.
Então, vou compartilhar com você algumas reflexões importantes para atingir o seu objetivo e principalmente por onde começar na hora de investir o seu esforço e dinheiro no marketing jurídico.
Esse assunto, "relativamente novo", tem ganhado cada vez mais destaque no cenário jurídico nacional após a matéria acima referente a anúncios patrocinados. Junto da curiosidade vem uma série de dúvidas. Qual a importância do marketing jurídico para os escritórios de advocacia? Como fazer? Por onde começar? Como arranjar tempo para isso?
Você sabe que o código de ética da OAB não permite que advogados façam propaganda para captar clientes, certo? Ou melhor, eles liberam algumas coisas, mas nem tudo pode. Sabe também que isso não significa que você precise ficar parado! Não é esperando de braços cruzados que seus clientes vão chegar até você.
Para conquistar clientes na advocacia, hoje é preciso que o advogado pense em uma boa estratégia de Branding, encontrando sua diferenciação e fazendo um bom plano de marketing.
Vamos a um exemplo bem básico e altamente reflexivo.
Na sua percepção, quanto custa essa água Minalba? E quanto custa essa água Perrier?
Com certeza temos diferentes percepções, consequentemente preços diferentes, certo? Você deve ter falado que a água Minalba custa aproximadamente R$ 1,50/2 e a água Perrier R$ 12,00/14 reais, certo?
O que temos aqui é posicionamentos totalmente diferentes, com percepção de valor diferentes e principalmente públicos diferentes. Ou seja, cada produto tem sua estratégia muito bem definida, apesar de o conteúdo ser o mesmo.
Voltando para o universo jurídico, o que diferencia o seu escritório dos outros escritórios? Essa com certeza é uma dúvida que muitos profissionais dessa área têm e que volta e meia insistem em dizer que é a qualidade no atendimento, é ser atendido pelos sócios, a formação com mestrado/doutorado, entre outros atributos que hoje não são mais pontos de diferenciação, mas sim o essencial para quem deseja se manter vivo no mercado.
Marca não é o que você diz que é. Marca é o que as pessoas pensam, sentem e dizem sobre você.
Vivemos hoje em um mundo onde nunca foi tão fácil comprar de outra pessoa. Você como empreendedor se esforça para ter os melhores serviços/produtos, a melhor equipe, a melhor qualidade. Mas os clientes parecem não se importar. Eles comparam você com concorrentes muito menos qualificados e parecem abandonar você sem pensar duas vezes, por alguns reais de diferença. Isso é muito desanimador, não é mesmo?
Fazer marketing jurídico, de qualquer jeito, sem saber para onde desejar ir não é o seu verdadeiro problema. Na verdade, estes são sintomas de um problema mais profundo.
O seu verdadeiro problema é o seu posicionamento.
Natural, afinal os advogados cuidam de processos, negócios jurídicos, não de marketing jurídico. O que um bom advogado / escritório deve saber é reconhecer que precisa de ajuda para estruturar o seu marketing jurídico, o melhor caminho é pensar na sua marca e definir o seu posicionamento.
Quando você ajustar esses pontos, você passará a concorrer por valor percebido e não mais por preço. O seu cliente começa a ver você com outros olhos.
Portanto o seu marketing jurídico só vai funcionar, quando sua estratégia de diferenciação e posicionamento, estiver alinhada em todos os pontos de contato, construindo uma sinergia única de identidade visual, verbal, com uma comunicação consistente.
No pain. No gain. (Sem dor. Sem ganho.)
Para colher o fruto, você terá que selecionar primeiro a melhor semente. O fruto será consequência e ele só virá no longo prazo, se você investir corretamente.