Luz no fim do túnel
Edison Vicentini Barroso*
A “época Lula”, não se há como negar, nos impôs e impõe conseqüências de uma dura ilusão.
Na sua “santa ignorância”, a população buscou novos rumos, que lhe melhorassem a vida.
Enganada, encontrou pela frente o despudor de uma corrupção desenfreada, a ferir de morte os brios do homem de bem.
Todavia, na indiferença moral de quem se acostumou ao jugo doentio da falta de vergonha, se acomodou.
E, sem se dar conta do buraco em que dia-a-dia se afunda, nessa acomodação se deixou ficar.
Muitos, daqueles já capazes de refletir conscientemente
Num país carente do ato de pensar, discernir e agir
Têm perdido o sono, agitados por pesadelos medonhos
Temerosos de que a “ilusão Lulista” perdure.
Destes, há os que sabem que a imoralidade tem seus seguidores
No seio mesmo de um povo que, devendo reagir, se deixa levar.
É que os semelhantes se atraem, no bem e no mal.
E as bacanais se sucedem, ante olhos atônitos sedentos do despertar.
Num País em que o nível cultural é baixíssimo
Em que os princípios inda cedem passo ao compasso de conveniências vis
Em que o “nada sei” arregimenta prosélitos
E em que a cara-de-pau alimenta a ilusão da ignorância
Passou do tempo de as pessoas de caráter reto
Na integridade que as diferencia da vala comum
Tragam à cena o exemplo viril de ações transparentes efetivas
Aptas a despertar, quanto possível, consciências que prazerosamente dormem.
Nessa situação, o voto é instrumento da hora
Que a todos nos deve alegrar
Resgatando-nos da paralisia de almas que choram
Lágrimas frias que não se deixam secar.
Ontem foi dia de voto
Na foto, perspectiva de dia melhor
Hoje é dia de esperança
De que no Brasil a luz torne a brilhar.
Para tanto, é preciso querer
Fazer valer a pena e realmente crescer
Na consistência de uma consciência mais forte
Quanto à necessidade de que de nós se afaste o embuste que teima em ficar.
A impostura aí está, posta à vista geral
Mas a grita de um povo sufocado
Ante o enfado discursivo do “nada sei”
Enfim, principia a soltar sua voz.
A reação que ora nos cabe
Se de fato pretendemos vencer
É despertar uma nova emoção
Na opção por uma via melhor.
A melhoria do nível moral
Na ética que não murcha jamais
É imperativo da hora presente
Limpeza definitiva do que já ficou pra trás.
Esta é a chance
Renovada aos olhos do povo
De que no Brasil se volte a respirar
Ares de decência de novo.
Diga-mos, de vez, “nós sabemos”
Como contraponto ao “não sei” sistemático
E deixemos de lado a prisão
Da ilusão que nos consome qual fogo.
Sim, inda há luz no fim do túnel
Para esta grande Nação
Basta ao povo crie coragem
E se disponha ao voto luzidio da razão.
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* Magistrado <_st13a_personname productid="em São Paulo" w:st="on">em São Paulo
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