Após o fim da cúpula de líderes, que aconteceu entre os dias 22 e 23 de abril, é esperado que especialistas em política internacional e sustentabilidade avaliem o saldo do encontro e seu reflexo na aplicação de novas políticas públicas sobre o meio ambiente.
Na ocasião, o atual presidente Jair Bolsonaro discursou aos presentes, garantindo o compromisso nacional de zerar a emissão de gases do efeito estufa até o ano de 2050. No entanto, tais declarações foram duramente analisadas pela mídia, ao se comparar o status do governo atual diante de pautas ambientais.
Para se ter ideia, segundo dados do Prodes, sistema de monitoramento via satélite, apresentados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Brasil registrou no final de 2020 o maior índice de desmatamento dos últimos 12 anos, sendo este um dos fatores agravantes do aquecimento global.
No entanto, mesmo no momento socioambiental difícil que o país vive, é possível constatar que o resultado da reunião dos líderes mundiais foi positivo, levando em consideração todas as pautas levantadas em torno da preservação ambiental e os holofotes direcionados ao assunto.
Mas, não se pode dizer de imediato que esse encontro resultará em grandes alterações comportamentais de todos os envolvidos, no nosso país. O Brasil já possui um amplo regime de leis que resguardam a natureza, faltando apenas a conscientização e comprometimento real de cidadãos e, principalmente, governantes.