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Os principais aspectos que envolvem gestão, tecnologia e o marketing jurídico, aliado ao empreendedorismo jurídico na estratégia do advogado

Com as inovações tecnológicas que vêm surgindo nos últimos anos as profissões estão começando a sentir impactos em suas atuações, sendo que na advocacia não é nada diferente

3/3/2020

1    Introdução

O presente artigo tem como título “Os principais aspectos que envolvem gestão, tecnologia e marketing jurídico, aliado ao empreendedorismo na estratégia do advogado”, ao enfatizar a natureza deste, busca-se compreender a importância do desenvolvimento de uma gestão bem planejada pelo escritório com auxílio da tecnologia, através do uso de software de gestão de processos e procedimentos internos da banca de advogados e diversos canais de pesquisa, sendo essas ferramentas grandes aliadas para desenvolver o marketing do advogado, e assim gerar uma estratégia para o sucesso e, consequentemente, empreender no mundo jurídico. Desta forma, pretende-se ir além das teorias, tendo como propósito exemplificar meios e métodos diferenciais para o escritório através da gestão, tecnologia e marketing, ajudando sempre no trabalho do advogado e seu escritório, alavancando o negócio.

Anteriormente, gestão nos empreendimentos era uma característica restrita do mundo administrativo, mas com a globalização e a rapidez com que se tem processado as informações, e consequentemente as novas tecnologias, fez-se necessário sua aparição em todos os meios exigentes de um trabalho qualificado e inovador. Tal mecanismo tornou-se indispensável para os escritórios que tendem a acompanhar as evoluções e tendências do mercado.

A responsabilidade civil do advogado em meio a sua evolução tende a acompanhar as inovações tecnológicas, permitindo também aos advogados novos meios de manterem seus escritórios concorrentes. Com o uso das novas ferramentas de trabalho e comunicação, os advogados mantêm-se atualizados perante às novidades, e ainda assim, há a possibilidade de realizarem seus serviços de maneira ética e ilibada. A internet, pois, surgiu como meio rápido, eficaz e conveniente para o trâmite de informações entre os advogados e clientes, diminuindo assim o tempo de resposta e melhorando a qualidade dos serviços, contribuindo e muito para o marketing jurídico e, em consequência, para a estratégia advocatícia.

Tratar sobre gestão, tecnologia e marketing jurídico, e sobretudo, tratar o escritório de advocacia como um negócio, tem sido a grande problematização da atualidade, uma vez que a advocacia é uma profissão milenar e romântica, que está tendo de se atualizar constantemente graças ao avanço acelerado da sociedade. As grandes e antigas bancas estão a todo momento em busca de novos conhecimentos acerca destes temas atuais, contratando inclusive consultorias especializadas para auxiliá-los, bem como os jovens advogados encontram-se perdidos, visto que a grade curricular das universidades ainda não contempla acerca do assunto, tendo então de buscar por conta própria cursos e palestras para se inteirarem dos novos mecanismos de gestão da advocacia moderna.

A advocacia ainda não tem sido tratada por muitos como um empreendimento, um negócio jurídico, no sentido lato da palavra. Não sendo inclusive discutido entre os profissionais e instituições, por exemplo: como realizar uma política de preços a ser seguida(ou seja, nem muito caro, a ponto de superestimar, nem barato, desvalorizando os serviços); não se é explicado que, às vezes, seu concorrente pode ser um grande aliado e parceiro de negócios;, não é dialogado sobre qual o melhor tipo de software jurídico a ser contratado, oportunidade em que deveria ser analisado se este é realmente útil, e se pode ser aplicado efetivamente à realidade do escritório, ou se apenas está sendo copiando de outras bancas aquela contratação;, também deveria ser analisado quais sites podem ser utilizados como fonte confiável de pesquisa para auxílio na confecção de peças, acesso às jurisprudências; não é explicado sobre o aspecto físico, a importância da localização do escritório,  devendo esta ser escolhida de acordo com o público alvo a que se quer atingir; e ainda, como construir uma marca sólida, respeitando o Código de Ética da OAB, utilizando-se em especial do múnus público de informar, que é dever de todo advogado, por meio de ferramentas como a publicação de artigos em sites jurídicos, gravação de pequenos vídeos informacionais pelo stories do Instagram, ministrar palestras, criar um site, canal do YouTube, entre outros. Estes são apenas alguns dos vários critérios que devem ser discutidos na gestão de um escritório em pleno vigor no século XXI, aspectos que estão diretamente ligados ao marketing jurídico.

Como parte estrutural do trabalho, a pesquisa se dará por meio da análise efetiva do processo de gestão, tecnologia e marketing jurídico ligados ao direito, para fins de identificação das implicações desse movimento no futuro da profissão. Visando ainda que tal discussão se torne mais rica, será estudado de maneira ampla a importância de cada área, e também as tecnologias que já foram criadas, e até mesmo utilizadas, no ambiente advocatício. Diante de tais considerações, buscar-se-ão maneiras de instigar o profissional do direito a se preparar para os desafios da advocacia moderna.

Nesse contexto, tende-se a identificar e descrever algumas estratégias de atuações interessantes para chegar ao tão sonhado empreendedorismo jurídico, já que o tema ainda é pouco discutido no âmbito da advocacia, mas vem tomando lugar nos principais eventos jurídicos do país, possuindo poucos cursos aprofundados a respeito.

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*Esther Sanches Pitaluga é advogada do escritório Woshington Reis &Sanches Pitaluga.

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