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Fraude nos negócios - Complacência não é um luxo que as empresas podem pagar

As ferramentas e táticas estão disponíveis para as empresas lidarem com riscos de fraude, mas a chave para sua implementação bem-sucedida é a combinação de uma cultura profundamente enraizada de fazer a coisa certa, com estratégias específicas para detectar e prevenir fraudes.

16/8/2019

Na era moderna de maior conscientização pública e de notícias instantâneas, a complacência no cumprimento e nas funções legais não é um luxo que as empresas podem pagar. Em vez disso, a administração de uma organização deve adotar uma abordagem proativa para mitigar o risco de fraude.

Com muita frequência, a conformidade é tratada como um exercício de "caixa de seleção" seguindo os protocolos de negócios, verificando as listas de critérios e supondo que o trabalho esteja concluído. Mas essa abordagem não vai longe o suficiente. As empresas não devem apenas considerar o tipo de transações ou registros, mas também testar sua substância continuamente, consultando transações e documentação de suporte subjacente para que se sintam confortáveis.

Para lidar com essas questões de maneira adequada, a alta gerência e os conselhos devem implementar processos e procedimentos em toda a empresa que avaliem proativamente os riscos específicos da fraude. Uma abordagem proativa para detectar fraudes requer a implantação de várias ferramentas complementares, uma das quais é a análise de dados. Ao analisar e monitorar continuamente os conjuntos de dados internos, as empresas podem gerar uma imagem mais clara de seus relacionamentos com terceiros e identificar padrões nos fluxos dos fundos, bem como quaisquer mudanças de padrões que possam representar um risco potencial de fraude.

Os programas de prevenção de fraudes mais eficazes também considerarão mecanismos que poderiam ser implementados para contornar controles estruturados e permitir que atividades fraudulentas ocorram. Os departamentos de auditoria interna podem desempenhar um papel importante, e o desenvolvimento de sua função para assumir um maior envolvimento deve ser incentivado.

Além disso, é provável que as organizações sejam melhores em identificar atividades suspeitas se considerarem onde as informações poderiam ser manipuladas ou disfarçadas, e como os ativos da empresa podem ser desviados, impedindo efetivamente a fraude antes que ela cause danos irreparáveis.

Embora seja essencial que as organizações tomem essas medidas, elas serão tão eficazes quanto o elo mais fraco de qualquer sistema que normalmente são seus funcionários. Portanto, os conselhos devem criar e promover um ambiente que transcenda a mera conformidade, capacitando os funcionários em todo o negócio para fazer perguntas e obter respostas que se somam. A fraude é mais comum nos níveis de operações de nível médio e inferior, e, como tal, os que estão no local precisam estar cientes do impacto da fraude e do papel que desempenham para ajudar a detectá-la.

Claramente, as ferramentas e táticas estão disponíveis para as empresas lidarem com riscos de fraude, mas a chave para sua implementação bem-sucedida é a combinação de uma cultura profundamente enraizada de fazer a coisa certa, com estratégias específicas para detectar e prevenir fraudes. É vital que isso seja feito de forma proativa e como parte de um processo holístico e evolutivo que pode ser moldado para enfrentar os desafios lançados pelo ambiente empresarial moderno.

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*Matthew Weitz é diretor de inteligência e de investigações da Kroll de Londres.

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