Migalhas de Peso

Mulata

Ilustre figura, excelente advogado e grande pessoa.

15/8/2019

Morreu o Mulata! Ooops...Dr. Flávio Lopes Coelho!! Ilustre figura, excelente advogado e grande pessoa. Mulata era o apelido que lhe foi dado há muito mais de meio século num entrevero futebolístico com o boleiro João dos Reis, brincando com a cor jambo de sua linda pele. Pegou imediatamente e para sempre! O Leco abriu o Salão Nobre do Estádio do Morumbi, do São Paulo FC, time da alma do Mulata, para velar seu corpo agora inerte. Compareceram seus amigos leais de 50, 60 e 70 anos de pura amizade. Lá estavam Carlos Viacava, Edmundo Furtado, Edú Pereira de Carvalho, Gilberto Cardoso e Paulo Sergio Graciano, além dos seus companheiros do antigo e famoso Boca, time de futebol amador do Clube Pinheiros, como, só por amostragem: Arlindo Ranieri, Cláudio Regina, Clovito Correa, "Esquerdinha" (Antonio Carlos de Toledo), Moraes e Jamil "Torres". Também estavam lá, claro, sua mulher Carmita, o filho Dadau e a segunda geração de amigos, isto é, todos os filhos dos velhos amigos, tão consternados como aqueles. A filha Marina velou da Bélgica. O irmão Silvinho "Criolo" e toda sua família. Piri, por sí e representando a saudosa Da. Helena, sua tia e mãe do Mulata. Ausentes por motivo irrevogável da vida foram lembrados os inseparáveis amigos Alfredo "Tedesco" Zanussi, "Árabe", Armando Conde, Beto Ranieri, Julinho Parente, Gilberto Carvalhal, Oscar Pedroso Horta, Rudá de Andrade e Zé do Pé. A saúde fragilizada vetou o comparecimento do Julinho Toleto Piza e do Sérgio "Lamparina" Salles, este representado pelo Luizinho, seu filho advogado. Amigas de sempre como Gina Viacava e Maria Amélia de Carvalho representaram – e muito bem – o enorme contingente da torcida feminina do Mulata, agregado por todas as filhas dos amigos e mulheres dos amigos e de seus filhos.

Lá pelas tantas o Vavá (Carlos Viacava) lembrou que faltava uma bola nos pés do Mulata, o que o Leco (Carlos Augusto de Barros e Silva) providenciou prontamente num dos armários do Tricolor. Aí sim o velório ficou completo e o Mulata pareceu jogar um bolão, enchendo de gols e alegres lembranças o Salão Nobre do São Paulo. Quase todos repararam a falta de gelo e ingredientes do Negroni no balcão do café, o que o Mulata jamais deixaria de servir aos seus convidados, mesmo nessa hora complicada da sua vida.

Dia seguinte, numa gélida manhã de sábado, esse mesmo pessoal se reuniu no Memorial Parque Paulista para a cerimônia de cremação do corpo do Mulata. E novas lembranças eclodiram na memória dos amigos, transformando o encontro num antológico glossário de alegria e afeto, inerentes na vida do Mulata. No final, todos comovidos, viram o Dadau tomar para sí a bola dos pés do Mulata. Só conseguiu porque ele já não podia jogar futebol... Saravá, Mulata! do Jereba

OS: quem foi e não foi citado, não se preocupe, pois o Mulata sabe quem foi; quem não foi, também não se preocupe, pois o Mulata nunca foi de sentir rancor.

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*Jeremias Alves Pereira Filho é sócio de Jeremias Alves Pereira Filho Advogados Associados, especialista em Direito Empresarial e professor emérito da UPM – Universidade Presbiteriana Mackenzie. Araçatubense nato.

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