“A história é um parêntese no coração da eternidade.
Os homens são um parêntese no coração da história.
Cada um de nós é um parêntese no coração da multidão dos homens...
Você é poeira e você retornará à poeira”
- Jean d’Ormesson, Comme un chant d’espérance,
Le Grand Livre du Mois, p. 65, 2014
Dignificante exemplo nos deu a American Bar Association em se interessar, empregar-se com instituições correlatas, planejar e iniciar etapas para minimizar os danos causados para os “Experienced Lawyers, American Families and the Opioid Crisis – Report of the Opioid Summit May 2018”.
1) Passei um ano pesquisando sobre os que ocorre nos Estados Unidos no delicado e no triste episódio estampado no relatório, para saber as causas, as possíveis naturezas discrepantes entre elas, os motivos, as influências deletérias nos advogados praticantes, nas trágicas vidas dos que estão fora das lides, das suas famílias e a sociedade em geral, repercutindo.
Bom, o assunto vinha assomando o interesse da alta cúpula da ABA, resultante da emergência de outras entidades, com frequência direta no exercício profissional da advocacia, sem minar o tempo e o espaço que cada uma delas percorre, por vocação e por destino optados.
Não é por menos, sem deixar nenhuma, elenco as que se envolveram: “Divisão de Advogados Sênior, Comissão Sobre Direito e Envelhecimento, Comissão Relativa aos Programas de Assistência ao Advogado, Seção de Estado e Lei do Governo Local, Divisão de Práticas Solo, Pequenas Empresas e Geral, Comissão Permanente em Assistência Judiciária e Réus Indigentes.”
2) Há uma epidemia de consumo de opioides dentro da sociedade americana e dela não está imune a classe dos advogados, almejando e tocando e atingindo também comunidades e respectivas famílias.
Daí que a ABA Senior Lawyers Division – registra os advogados seniores à testa – , fez reunião com aquelas entidades, divisões, seções e comitês, dando-nos estra introdução: “Em 4 de maio de 2018, a Divisão de Advogados Seniores da ABA realizou uma Cúpula de Opioides em um esforço para confrontar três aspectos da crise: (1) os efeitos na família, incluindo o estresse intergeracional no confronto com os membros que foram vítimas; (2) diferenças no tratamento do que o Instituto Nacional sobre Abusos de Drogas denomina uma doença cerebral tratável a longo prazo e (3) as mudanças necessárias nas leis e políticas em torno daquelas direta e indiretamente afetadas. Lacunas no tratamento por si só demonstram a distância que deve ser percorrida para fornecer cobertura adequada de cuidados de saúde e apagar a estigmatização social da doença e seu tratamento.”
3) A resolução não só recomenda como enfatiza a insurgência de que todos são envolvidos, sem exceção, como diz o texto: “Todos os tribunais federais, estaduais, locais, territoriais e tribais, entidades governamentais, associações de advogados, agências de saúde pública, programas de assistência de advogados, entidades reguladoras de advogados, instituições de educação jurídica e escritórios de advocacia para implementar essas recomendações e pontos de ação.”
Há uma epidemia de opioides nos Estados Unidos, tendo sucumbido mais de 360.000 vidas desde 1999, com efeitos devastadores, sem nenhuma opção de classe social, ou qualquer outro estamento social! Há um incremento anual que as estatísticas revelam, sendo que, de overdose, em 2016, ocorreram 42.249 óbitos (declarados).
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