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A advocacia humanizada e a sua importância

No que diz respeito à advocacia, a maioria das pessoas pré-julga a categoria dos advogados. Tanto é assim que não são poucas as pesquisas que apontam sobre a classe ser uma das menos confiáveis.

5/4/2019

É consenso entre as pessoas que, hoje, o mundo e a nossa sociedade atravessam uma grave crise de existência. Aumento na intolerância, na falta de paciência, na robotização dos afazeres diários. E, consequentemente, falta empatia, falta atenção ao próximo e ao que se está fazendo.

No que diz respeito à advocacia, a maioria das pessoas pré-julga a categoria dos advogados. Tanto é assim que não são poucas as pesquisas que apontam sobre a classe ser uma das menos confiáveis. No entanto, as pessoas devem entender que nós, advogados e profissionais da área do direito, somos seres humanos, como qualquer outra pessoa.

Neste sentido, surge a importância da humanização da advocacia. Surge a importância de mostrarmos ao outro que não somos profissionais que buscam ganhar a sua remuneração como meros reprodutores de textos legais, mas sim como representantes outorgados que se preocupam com os seus problemas reais.

Mesmo com o acúmulo de trabalho e de afazeres do dia, é importante salientar e informar ao cliente que o problema dele também é importante como o dos demais. A transparência, a franqueza, a honestidade e a sinceridade são valores fundamentais para esta troca humanizada na hora do atendimento.

Quando há uma maior humanização na relação advogado x cliente, é nítido o reflexo de satisfação em ambas as partes. Transmite confiança. Quebra uma possível arrogância humana por achar que só ele, advogado, como profissional habilitado, entende e deve manifestar-se quanto à demanda.

A mudança neste cenário deve ser dinâmica, partindo de nós e não esperando que os outros mudem. Devemos nós, advogados, estimularmos o cliente a uma visão mais sistêmica do que envolve a demanda dele. Devemos nós, advogados, observarmos o cliente como um ser na sua totalidade, para que ele seja compreendido como um ser humano, e não somente como um número de processo.

É necessário que valorizemos o outro. Valorizando o outro, a justiça será cada vez mais humanizada e aproximada do Direito, e não será, somente, um mero instrumento.

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*Matheus Passos da Silva é advogado do Passos & Ricaldone - Advocacia, Assessoria e Compliance

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