Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.
A história demonstra que essa constatação de Darwin é plenamente aplicável ao mundo dos negócios. Ao longo dos anos, a humanidade testemunhou a ascensão e declínio de milhares de empresas e profissões, muitas vezes provocada pela inabilidade em se adequar a um novo costume ou tecnologia.
O que aconteceu com a Blockbuster? E com a Kodak? Quem comprou a Motorola? Esses são apenas alguns exemplos recentes que ilustram a regra: quem não se adapta à nova realidade fica no caminho.
Nós estamos no meio de uma revolução tecnológica e a velocidade das mudanças surpreende a todos, desde taxistas até médicos. Os profissionais de Direito não passam incólumes. Hoje os processos digitais já são uma realidade, os advogados necessitam de sistemas para gerenciar seus afazeres e novas tecnologias auxiliam desde processos de mediação até a elaboração de documentos.
As mudanças trazem incertezas e as incertezas assustam, principalmente quando a novidade se choca com alguma tradição. No mundo jurídico isso ganha maior relevo pois temos grande apreço por nossos costumes.
Não há nada de errado em valorizarmos as boas tradições, aquelas que nos ajudam a prestar um ótimo serviço. Contudo, devemos tomar grande cuidado para não adotarmos uma postura ludista frente a qualquer novidade, em especial aquelas que podem trazer eficiência à nossa atividade.
Resistir a inovações que melhorem nosso trabalho é dar um tiro no pé. A lógica da prestação de serviços jurídicos impõe que as atividades sejam realizadas com a maior qualidade possível dentro de um curto prazo. Dormientibus non succurrit jus, ou, como dizia o saudoso Prof. Euler da Cunha Peixoto, a única coisa que funciona no Brasil é prazo para advogado.
A tecnologia, portanto, pode ser uma grande aliada no eterno desafio de conciliar qualidade e agilidade. Mais do que isso, aqueles que não usufruírem do potencial das inovações correm grandes riscos de ficarem para trás na corrida evolutiva.
A história demonstra que não importa o quão grande ou estável um negócio possa parecer, se ele não se adaptar às mudanças seu lugar é no passado, afinal, "when you’re finished changing, you’re finished"1.
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1 Benjamin Franklin
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