Migalhas de Peso

Ensino, conhecimento, saber, caráter, competência, como forma de contribuição científica

Em contribuição à Grande Vida Universal, na qual representamos apenas breves e íntimos momentos, uma vez que esta, se consolida para um bem maior, para uma obra harmônica - que por isso será justa e bela - pois o que agrada a pessoa mais perfeita é naturalmente correto.

13/10/2005


Ensino, conhecimento, saber, caráter, competência, como forma de contribuição científica e inclusão social.


Metodologia do entusiasmo


Cleanto Farina Weidlich*


Em contribuição à Grande Vida Universal, na qual representamos apenas breves e íntimos momentos, uma vez que esta, se consolida para um bem maior, para uma obra harmônica - que por isso será justa e bela - pois o que agrada a pessoa mais perfeita é naturalmente correto.


No mesmo diapasão, a conquista da paz, da felicidade e da liberdade humanas ocorre com lentidão nos mais diversos segmentos na vida de relação, mas avança inexoravelmente na história.


Devemos nos conduzir no sentido de buscar uma perfeita afinação - sintonia - com o universo e com os semelhantes.


Buscar aprimoramento das faculdades - inteligência, sensibilidade e vontade em conjunção harmônica.


Buscar adquirir conhecimento de si mesmo e dos outros.


A vida não é qualquer coisa, a vida é a única oportunidade para alguma coisa”. ( Friedrich Hebbel).


“ Existe a terra da morte e a terra da vida e a ponte é o amor, a única sobrevivência, o único significado” (Os quatro gigantes da alma).


Platão agradecia ao céu haver nascido no tempo de Sócrates; e eu lhe agradeço haver-me feito nascer nestes tempos de infinita diversidade de leis e de costumes, onde reconquistamos a liberdade, fortalecemos o regime democrático.


E quando o assunto é liberdade, não se pode deixar de trazer à colação, as lições de - com o intuito de ilustração, registrar uma homenagem a memória de Mohandas Karamchand Gandhi, a cujo advogado/político indiano o povo deu o nome de “mahatma, isto é grande alma”


Gandhi - Gandhiji - Mahatma Gandhi -


“ A Verdade - escreve Gandhi - é dura como diamante, mas é também delicada como flor de pessegueiro”.


Quem não aceita voluntariamente a dureza diamantina da Verdade não chegará a fruir a sua delicadeza de flor de pessegueiro.


“Plenamente livre é somente aquele que voluntariamente se escraviza. E essa espontânea escravidão se refere não somente a Deus, refere-se também aos homens, nossos semelhantes; servir voluntariamente é libertar-se totalmente. Nada mais escravizante de que o desejo de querer-ser-servido - nada mais libertador do que a vontade de querer-servir!


Quem não for escravo voluntário não pode ser homem livre - esse estranho paradoxo caracteriza a vida toda de Gandhi. Tão grande é a liberdade interior desse homem que ele se torna, exteriormente, escravo de seus conterrâneos, escravo do invasor britânico, escravo da humanidade inteira. ”


Quem não se sente plenamente livre deve evitar servir aos outros e deve assumir ares de dominador, porque onde falta a essência têm de prevalecer as aparências. Mas quem traz dentro de si o testemunho da sua liberdade real, esse pode ser servidor de todos, porque a sua firme liberdade não necessita ser escorada com pseudoliberdades. Quem é sábio pode serenamente admitir aparências de tolo; mas o tolo tem de evitar solicitamente essas aparências e assumir ares de sábio, para que a sua pseudo-sapiência não sucumba ao impacto da sua insipiência.


O mundo de hoje não compreendeu ainda a verdadeira grandeza de Gandhi, sem dúvida um dos mais lídimos discípulos que o Nazareno teve entre os homens, nesses quase dois milênios de era cristã. Mas o espírito do Mahatma está trabalhando as consciências humanas, qual divino fermento, levedando aos poucos a massa profana e preparando o caminho para a grande alvorada crística.


Sobre ele, escreveu Albert Einstein:


“Futuras gerações dificilmente acreditarão que tenha passado sobre a face da terra um homem real como Gandhi - dirão que isto é um mito.”


Mahatma Gandhi, Idéias e ideais de um político místico - Huberto Rohden, Edit. Livraria Freitas Bastos S.A., 3ª Edição - ampliada, impressa em outubro de 1.970, Rio de Janeiro - Brasil)


A tarefa de moldar o futuro não é só dos governos. Essa tarefa - missão - de moldar o futuro é da sociedade, das escolas, das universidades, da comunidade e de cada um de nós.


Os medos, os ressentimentos, as frustrações e os desgostos de muitos homens serão atenuados a medida que, instruindo-se, compreendam melhor a filosofia, a psicologia e todas as ciências, para que conquistem uma visão mais objetiva e serena do que realmente são, do que podem chegar a ser e de como devem proceder para esculpir em seu temperamento o melhor caráter possível com os recursos que tenham à sua disposição.


E é com muito amor, com um conceito positivo do Eu interior e do meu trabalho, que como Educador – seu colega de academia - buscarei as possibilidades de firmar bons propósitos, para diante da adversidade, saber mostrar ao aluno a beleza e o poder das idéias, incutindo-lhes expectativas positivas e fazendo-os acreditar que o caráter é o resultado de árduas lutas da educação de si mesmo, da abnegação e de uma batalha espiritual, no rumo da educação do homem integral.


Dia-a-dia cresce o número dos que estão convencidos e nestes eu me incluo, de que a escola atual dedica excessivos cuidados à formação científico-intelectual dos jovens e não investe energias educacionais, na formação do caráter e obtemperando as energias de combate (bom combate, aquele que se enfrenta para a conquista dos ideais, dos sonhos, das realizações).


Utilizando como uma das ferramentas de trabalho o diálogo, com os orientandos e estabelecendo parcerias de trabalho com os pais, professores e comunidade, convencerei que o ato por si só de aprender representa a possibilidade de construção de um futuro melhor, incentivando o amor próprio, resultando daí: amar-se é ter alma sã em corpo são, E que é só estudando e tendo bom caráter, que deixa-se de andar as tontas e se conquista o direito de ser livre que é o supremo bem da vida.


Ao final, uma última colação para revelar as fontes das nossas crenças e ideais:


O jovem de caráter


"O melhor presente que podeis fazer a vossos filhos e filhas que chegam aos 14 anos, são os manuais de Monsenhor Toth. Fazendo-os ler repetidas vezes. Vós mesmos, pais e educadores, lê-los também: tirareis de sua leitura energias e luzes para cumprir vossa missão." (Dr. W. Neuburg).


Ao jovem leitor


Meu filho: junto à minha escrivaninha, muitas vezes, têm sentado estudantes.


Ao começar o curso, chegam as visitas dos rapazes. Os novos chegam à minha porta com receio; os antigos conhecidos, com alegria mais confiada.


Se sentam junto à minha mesa e, diante das paredes nuas de meu escritório silencioso, se abre o reino, pleno de riquezas, de uma alma jovem, guardado antes por mil ferrolhos.


Ao expor-me suas pequenas penas, que para eles parecem terrivelmente aflitivas, ao ouvir eu as queixas de suas inumeráveis e pequenas dores, que para eles resultam em extremo sérias, ao colocar na palma de minha mão sua alma jovem com suas tempestades, com seus profundos problemas e ao dizer-me eles depois, com ávida sede em seus olhos abertos: dá-me um conselho, que hei de fazer? ...


... pois então, nestes momentos inspirados, tenho aprendido eu, que a alma de cada jovem é uma mina de diamantes inesgotável, é uma promessa onde está latente um desenvolvimento impossível de medir; e ajudar-lhes em sua formação resulta para os homens já maduros, não só um santo dever, senão uma honra excelsa.


Quem não tem contato com a juventude, não suspeita sequer quantas dúvidas, quantos tormentos, quantos tropeços - quiçá até a queda definitiva - pode levar consigo o fervor de suas almas, e quanto necessita sua frágil navezinha sentir nas tempestades que levanta a primavera da vida, a direção de uma mão poderosa que empunhe o timão.


E quando nestas ocasiões tenho querido infundir-lhes força para a luta, apaziguar suas almas alvorotadas, dar-lhes conselho na dúvida, e estender-lhes uma mão forte que ajude a sair do doloroso transe, me tem parecido que não só estava sentado ante mim um dos meus estudantes, senão que buscava minha alma os olhos de milhares e milhares de jovens, de todos aqueles que lutam com idênticos problemas sérios; porém não têm, quem sabe, ninguém a quem pedir resposta, consolo, conselho e direção, e, desta sorte, hão de travar sós os duros combates dos anos de juventude.


Assim nasceram estes livros. Assim é como me veio sua idéia.


Sei muito bem que a letra impressa, a letra morta, mingua muito a eficácia da palavra falada; porém não será quiçá completamente inútil compor alguns livros para teu uso, reunindo os pensamentos que costumo tratar com meus estudantes.


Não sei como te chamas. Não sei que escola freqüentas: instituto, escola de comércio, escola normal, escola de artes e ofícios..., ou, quem sabe, já a Universidade. Tão só sei uma coisa: que és estudante, que levas em tua alma o porvir de tua nação, e que tens problemas sérios; e resolver tuas dúvidas é o dever mais santo que nos incumbe.


Porque não há na vida obrigação tão sublime como dar de beber da fonte eterna da verdade às almas sedentas. Não existe mérito maior ante a humanidade, nem há nada mais grato a Deus como preservar da perdição uma só alma jovem, que é a maior esperança da pátria e o "templo vivo" de Deus.


Todas as linhas do livro foram-me ditadas pelo amor que professo a tua alma e pela convicção de que é um dever de valor perene encher uma alma jovem de nobres ideais. Este amor também merece que tu medites, com seriedade, o que lês nestes livros; e se houver algo que não compreendas, se necessitas acaso ulteriores explicações, se tens algumas observações a fazer, e, principalmente, se meus pensamentos têm te ajudado a pisar a senda do bem, escreve-me. Porque o maior galardão de minhas fadigas será o que, mediante estas linhas, haja conseguido encaminhar a um só jovem e haja prestado forças a uma só alma, para que permaneça, durante seu desenvolvimento, no caminho do reto viver. Te saúda, ainda sem conhecer-te e é teu. (...)


O Autor.


O que é uma universidade?


Encontro de pessoas para a busca do saber e produção do conhecimento. Mas como? A Universidade, está se tornando um grande centro de pesquisa. Desenvolvendo-se entre o ensino, pesquisa e extensão. Com destaque para as concepções da Metodologia – que se ocupa tanto do conteúdo como da forma da reprodução, busca e construção do conhecimento. O espaço deve ser aberto, para o despertar de potencialidades, pois os nossos colegas de academia, do corpo discente, começam a questionar, sobre a importância da nota conquistada nas avaliações. Pois, mais do que uma nota, é preciso ter competência, é preciso saber. O que verdadeiramente importa, é despertar, estimular, entusiasmar, dar exemplo, indicar paradigmas, ser paradigma, para que o milagre da busca do conhecimento aconteça, resultando dessa “química” surgida nas interelações a construção da cidadania e do saber, Rumo à Cultura.


Pois, não importa em que bandeira nos apegamos, para ser um bom cristão. A perspectiva que se esboça é a construção do Reino de DEUS.


Mas Metodologia Científica e Estudo Jurídico para quê?


“É preciso ser bom e honesto, mas também parecer bom e honesto!”


“Se é bonito por dentro, é melhor que seja também bonito por fora.” ( Normas de ABNT)


A Metodologia é uma ferramenta básica. Os trabalhos devem trazer em sua apresentação, tanto no condizente ao conteúdo, sempre mais importante e preponderante, como na forma, os rigores científicos da metodologia. É preciso construir na Universidade uma consciência ética, apontando para a necessidade, de que todos os trabalhos – pesquisas – tenham e obedeçam as regras metodológicas, só organizando cientificamente a expressão das idéias objeto de pesquisa, é que se pode obter algum resultado concreto, é necessário, aliás, ao mesmo tempo em que se exige que o discente seja estimulado e cobrado a ter método, que o professor, também tenha o seu método de ensino, é indispensável acima de tudo dar exemplo, para se ter legitimidade na cobrança.


“ Eu tenho em mim, que o problema básico é ler e escrever!”


“ Dar aula é importante, ter a possibilidade de ser quem abre grandes perspectivas”.


“ Mas Universidade para quê? A Universidade representa a procura de um bom lugar, na construção do nosso projeto de felicidade, esse que jamais poderá ser só nosso, pois o conceito de felicidade é efêmero, havendo quem afirme, e aí, já as indagações podem derivar para a Metafísica, ... que sempre que a temos, não sabemos onde a colocamos.
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*Advogado e professor em Carazinho/RS






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