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Lançamento

Lançamento da obra "O cárcere da agonia: a superação dos sobreviventes"

O lançamento acontece dia 9/5, às 19h, no IDP, em Brasília.

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Atualizado às 17:08

  • Data: 9/5
  • Horário: 19h
  • Local: IDP Sul (607 Sul) - 3º Andar

Acontece, dia 9/5, às 19h, no IDP, em Brasília, o lançamento da obra "O cárcere da agonia: a superação dos sobreviventes" (Contracorrente - 196 pg.), de autoria de José Louzeiro, Marcos Meira e André Di Ceni, e prefácio do ministro Gilmar Mendes. O livro resgata os relatos colhidos durante os mutirões carcerários promovidos pelo Conselho Nacional de Justiça em 2008.

 (Imagem: Divulgação)

(Imagem: Divulgação)

Partindo do entendimento de "que o problema não decorre apenas de décadas de negligência, com políticas públicas reiterada e sistematicamente ineficientes, mas também de uma insensibilidade social profunda", os autores, em exercício de empatia e de suspensão de julgamento, dão voz aos apenados e egressos. Assim, a obra apresenta histórias repletas de injustiças e (finalmente) justiças, lances de sorte e azar, julgamentos e discriminações, marginalização e ressocialização, degeneração e regeneração, voltas e reviravoltas de personagens como Beatriz, Simone, Guilherme e Raimundo José, nomes fictícios (usados para a proteção dos entrevistados), mas cujas histórias são profundamente humanas e "correspondem a processos judiciais reais, representativos de inúmeros outros em situações análogas, de pessoas esquecidas pelo sistema prisional".

Como salienta o ministro Gilmar Mendes, que assina o prefácio do livro: "ouso dizer que a presente obra, além do resgate histórico, marca, no Brasil, o trabalho de vigilância e de revisão das prisões, que deve ser permanente e interinstitucional para que os casos emblemáticos trazidos à lume passem cada vez mais a serem exceções, e não regra".

Trata-se, portanto, de uma obra pungente, permeada pela violência física, social e institucional, mas também e principalmente por exemplos de superação de adversidades e por projetos de ressocialização marcantes, na composição de um quadro capaz de tocar o leitor e promover uma mudança nas noções retrógradas "do punitivismo vingativo e do encarceramento em massa".