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Tempus fugit - Era digital

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Atualizado às 09:43

Um pedido de divórcio consensual em Araraquara/SP foi homologado em seis dias. O caso, que tramitou na 2ª vara da Família e Sucessões da comarca, foi distribuído no dia 6/5 e a sentença homologatória registrada no dia 12 seguinte. Para um dos advogados da causa, Mario Sergio Speretta, fosse o processo físico certamente teríamos até um mês para a decisão final, "haja vista os trâmites dos andamentos manuais e com o transporte do caderno processual de um para outro local".

Tempus fugit - Era ficcional

Em Quincas Borba, obra machadiana que começa com um inventário (do finado Quincas), o personagem principal, Rubião, indo de Barbacena para o Rio de Janeiro a fim de receber a herança, conhece - na parada em Vassouras - Cristiano de Almeida Palha e sua mulher, Sofia (uma das mais fascinantes mulheres de Machado). Um contra-parente do Palha, um advogado, é que acaba orientando Rubião no inventário. Machado diz que era advogado "muito moço", ao que o personagem Palha ainda coloca como uma vantagem, dizendo que deve aproveitá-lo, "enquanto ele não exige que lhe paguem a fama". Logo a seguir, Machado de Assis conta que "o inventário caminhou rapidamente para a conclusão!". Pelo visto, naquele tempo, pelo menos nos livros, a Justiça era célere. Será que, como indica a notícia da migalha anterior, aqueles tempos estão voltando? Oxalá.

Dica

A propósito do excerto jurídico-machadiano da migalha anterior, este e outros saborosos aspectos do Direito na obra do Bruxo do Cosme Velho podem ser encontrados na obra "Doutor Machado - O direito na vida e na obra de Machado de Assis".