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Danos morais

Consumidor pleiteia há dez anos indenização por rato em Coca-Cola

Há dez anos, um consumidor ajuizou ação na 29ª vara Cível do foro central de SP pleiteando indenização por danos morais sob o argumento de que, após ingerir Coca-Cola que continha fragmentos de um rato, sofreu intoxicação responsável por graves problemas de saúde.

Da Redação

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Atualizado em 5 de novembro de 2013 08:21

Há dez anos, um consumidor ajuizou ação na 29ª vara Cível do foro central de SP pleiteando indenização por danos morais sob o argumento de que, após ingerir Coca-Cola que continha fragmentos de um rato, sofreu intoxicação responsável por graves problemas de saúde. De acordo com o autor, a ingestão do líquido que estaria contaminado com veneno de rato ocasionou sequelas irreversíveis.

Recente matéria da TV Record retratou a história de Wilson Batista de Resende e trouxe à tona o caso ocorrido em 2000.

Wilson conta que comprou um pacote com seis garrafas do refrigerante e, ao primeiro gole, sentiu um gosto de sangue. O autor afirma que entrou em contato com a empresa, que não prestou socorro médico e depois recolheu duas das embalagens que estavam em sua casa. Outra garrafa, Wilson guarda até hoje e mostra na reportagem com o que, segundo ele, é a cabeça de um rato.

Confira a reportagem.

Em audiência ocorrida em 2010, o autor teria levado outra garrafa, comprada conjuntamente. O magistrado diz na ata que foi possível observar a olho nu, colocando a garrafa contra a luz, a presença em seu interior de um corpo sólido, de formato irregular, não sendo possível precisar do que se trata. Diz ainda que a garrafa estava inviolada, e acerca da tampa afirma que não havia "qualquer sinal ou vestígio de ter sido retirada e após recolocada". E mais, que "a aparência constatada em relação à tampa é de ser original o produto".

No ano seguinte, determinou-se realização de perícia, que atestou que o lacre da tampa está intacto. Segundo a Coca-Cola, no entanto, o laudo baseou-se em análise visual externa, sem que houvesse uma investigação interna da tampa por meio de testes mais precisos.

Devido à grande repercussão do caso, a empresa divulgou um vídeo que mostra o seu processo de produção e ressalta o rigoroso controle de qualidade da empresa. Veja abaixo.

A empresa também publicou em seu site comunicado em que afirma ser praticamente nula a possibilidade de haver a entrada de roedores na área de fabricação, que "é controlada por rígidas normas de controle de qualidade e higiene". A empresa ainda relatou que, das seis garrafas que o consumidor alega que continham pedaços de rato, ele entregou apenas duas garrafas, já abertas, que foram analisadas no laboratório da empresa, "sem que nenhum corpo estranho tivesse sido detectado".

"O caso está em avaliação judicial e ainda não foi concluído. Parte da demora para a conclusão do processo foi provocada pelo próprio autor, que não compareceu a perícias médicas agendadas, assim como seus advogados deixaram de se manifestar em atos necessários para o andamento do processo", finaliza o comunicado.

Quando procurado, o advogado do autor não se pronunciou sobre o assunto.

Processo: 0068942-76.2003.8.26.0100

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