Para presidente da OAB/SP, baixo índice de aprovação em concursos reforça a necessidade do exame de ordem
Na avaliação do presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, o baixo índice de aprovados nos concursos jurídicos refletem a má qualidade dos cursos de Direito no país e a necessidade de manter o Exame de Ordem como critério de acesso ao exercício da Advocacia.
Da Redação
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Atualizado às 07:34
Exames de Ordem
Para presidente da OAB/SP, baixo índice de aprovação em concursos reforça a necessidade do Exame de Ordem
Na avaliação do presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, o baixo índice de aprovados nos concursos jurídicos refletem a má qualidade dos cursos de Direito no país e a necessidade de manter o Exame de Ordem como critério de acesso ao exercício da Advocacia.
O último concurso para o TJ/SP abriu 183 vagas, mas apenas 76 candidatos foram aprovados. Em setembro de 2008, o Tribunal resolveu realizar novo certame, ainda não concluído, para o preenchimento de 150 vagas. Também no último concurso de ingresso ao MPF foram preenchidas apenas 83 vagas das 148 oferecidas.
O quadro em São Paulo não é diferente do restante do país: as instituições não estão conseguindo preencher as vagas abertas porque o número de candidatos aprovados nos concursos não é suficiente.
"Diante desse alto índice de reprovação em concursos jurídicos, questionamos projetos, como do senador Gilvam Borges, que pretendem abolir o Exame de Ordem sob a justificativa de que o bacharel já cursa durante cinco anos um curso superior oficialmente autorizado e credenciado e que o Exame não teria o condão de avaliar a capacidade técnica de quem quer que seja", diz D'Urso.
Para o presidente da OAB/SP, a má qualidade do ensino jurídico se reflete diretamente no índice de reprovação de inscritos nos exames da OAB, acima de 20%.
"O Exame de Ordem não é concurso público, com números de vagas definidas. Apenas busca aferir se o bacharel reúne condições profissionais mínimas para atuar como advogado. O ensino do Direito, hoje, precisa diminuir a distância existente entre o bacharel e o mercado, porque na forma atual os dois lados perdem", comenta D'Urso.
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