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Reserva ambiental

TJ/DF decidirá sobre desocupação de área por associação de pilotos de ultraleve em Brasília

Tribunal deve rever decisão que pede desocupação até fevereiro.

Da Redação

sábado, 21 de janeiro de 2017

Atualizado em 20 de janeiro de 2017 15:15

Nos próximos dias, o TJ/DF deverá decidir sobre a desocupação do local que há mais de 20 anos é sede da Associação dos Pilotos de Ultraleve de Brasília - Apub. O julgamento ainda não tem data definida.

A Apub ocupa 2,5% da área total do Parque Burle Marx, que passou por recategorização em abril de 2016, se tornando área de reserva ambiental.

Responsável pela operação técnica do parque, o Instituto Brasília Ambiental - Ibram firmou termo de compromisso ambiental com a Apub, visando à proteção ao meio ambiente e ao patrimônio público; retirada pacífica da atividade de aerodesporto daquela área em prazo compatível, limitado ao início das obras de implantação do parque; elaboração de plano de desocupação, com prazos específicos; e possibilidade de manutenção das atividades aerodesportivas até a data especificada no plano.

Ocorre que o MP/DF requereu a anulação do ato, alegando que o Ibram não teria competência para firmá-lo, solicitando a suspensão liminar de seus efeitos, bem como a interdição da pista de pouso e decolagens; do ponto de abastecimento e da escola de pilotagem; além da desocupação da área do aeródromo no prazo de 10 dias.

O parquet alega que em fevereiro de 2010 expediu recomendação ao Ibram para que determinasse desativação do local de voo, que se encontrava ocupada irregularmente há mais de 10 anos. A recomendação chegou a ser acatada e determinada a desocupação da área. Entretanto, posteriormente, Ibram e Apub firmaram o termo contestado.

Em julho de 2016, o juízo da vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF deferiu a liminar pleiteada pelo MP, estabelecendo prazo de 30 dias para a desocupação da área do aeródromo.

Para os pilotos, o prazo definido é insuficiente. Segundo o advogado da associação, Luiz Philipe Resende, há um cronograma de retirada de toda a estrutura do local e dos ultraleves, de forma organizada e sem prejuízos inclusive ao meio ambiente, em um período de até 2 anos. O documento ainda não foi apresentado devido à suspensão do documento.

"O Ministério Público, o GDF e o Ibram querem que a gente saia e a Apub também quer sair. Teoricamente está fácil de resolver, mas querem que deixemos o local em um tempo inviável para conseguir novas autorizações e mudar."

O advogado afirma não haver necessidade de uma saída abrupta, já que, com os problemas financeiros do governo, um investimento no parque não deve acontecer repentinamente. Sustenta ainda que a desativação da escola de Pilotos da Associação, da pista de pouso e do ponto de abastecimento, desde a decisão, tem causado prejuízo para a Apub e para a cultura aeronáutica do Distrito Federal.

Veja a decisão liminar e o memorial do advogado.