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Jornalista Wladimir Herzog será homenageado em evento no próximo dia 24/10

Da Redação

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Atualizado às 07:50


Jornalista Wladimir Herzog será homenageado em evento no próximo dia 24/10

A OAB/SP, através do Conselho do Jovem Advogado e da Comissão de Direitos Humanos e Mídias Alternativas, promove uma homenagem ao jornalista Wladimir Herzog, morto há 30 anos, no dia 25 de outubro de 1975, nas dependências do Doi/Codi, em São Paulo, vítima de tortura. O evento acontece no dia 24/10, às 10h, no Salão Nobre da OAB/SP. Também serão homenageados alguns advogados que defenderam presos políticos e se colocaram a serviço de perseguidos e desaparecidos durante a ditadura militar.

A homenagem contará com a participação de José Gregori, presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos, ex-ministro da Justiça; ex-embaixador do Brasil em Portugal, ex-presidente da Comissão de Justiça e Paz da Cúria Metropolitana de São Paulo; de Fábio Romeu Canton Filho, conselheiro seccional efetivo, coordenador da Comissão de Direitos Humanos e presidente do Conselho do Jovem Advogado da OAB/SP; e de Martim de Almeida Sampaio, presidente da Comissão de Mídias Alternativas da OAB/SP.

Nascido em 1937 na antiga Iugoslávia, aos 9 anos Herzog chegou ao Brasil com a família que fugia do nazismo. Formou-se em filosofia na USP e iniciou a carreira de jornalista em 1959 no jornal O Estado de São Paulo. Entre 1965 e 1968, trabalho na rádio BBC de Londres e retornou ao Brasil em 1970, quando assumiu o cargo de editor da revista Visão. Foi também professor da Universidade de São Paulo e teatrólogo. Trabalhava na TV Cultura como diretor do departamento de jornalismo quando foi intimado a comparecer ao Doi/Codi por suas ligações com o Partido Comunista Brasileiro. Morreu no mesmo dia e a versão oficial da ditadura militar dizia que Vlado, como era conhecido, havia se enforcado com o cinto do macacão de presidiário que usava. Sem acreditar na versão do suicídio do marido, Clarice Herzog entrou com ação na Justiça. Em 1978, a União foi condenada pela morte do jornalista. Para a Justiça, Herzog morreu em conseqüência das torturas sofridas.
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