Vinte detentos trabalham nas obras da nova sede da Secretaria de Justiça do DF
Na semana passada, 20 detentos que cumprem pena no DF começaram a trabalhar na reforma da antiga Rodoferroviária de Brasília, desativada no ano passado. Após a reforma, o prédio irá abrigar a nova sede da Sejus/DF - Secretaria de Justiça do Distrito Federal.
Da Redação
segunda-feira, 14 de março de 2011
Atualizado às 09:42
Antiga Rodoferroviária
Vinte detentos trabalham nas obras da nova sede da Secretaria de Justiça do DF
Na semana passada, 20 detentos que cumprem pena no DF começaram a trabalhar na reforma da antiga Rodoferroviária de Brasília, desativada no ano passado. Após a reforma, o prédio irá abrigar a nova sede da Sejus/DF - Secretaria de Justiça do Distrito Federal.
A iniciativa resulta de acordo entre a Sejus e a Funap/DF - Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do DF. Ambas são parceiras do Programa Começar de Novo, do CNJ, voltado à reinserção social, capacitação e profissionalização de detentos e egressos do sistema penitenciário.
Os 20 detentos recebem o equivalente a um salário mínimo, auxílio alimentação e transportes e ainda contam com o benefício da remissão da pena: cada três dias trabalhados equivalem a um dia a menos na duração da pena. Eles prestam serviços à RV Engenharia e à Novacap -Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, responsáveis pelas obras.
Um dos novos operários é o Alexandre, que cumpre pena no regime semiaberto por porte ilegal de arma de fogo. Pai de três filhos, ele já havia trabalhado, antes da reforma da rodoferroviária, no setor de serviços gerais na Sejus. O que mais lhe agrada, em experiências como essas, é a oportunidade de sair da penitenciária, ir para a rua.
Quanto ao futuro, ele pretende conseguir emprego quando sair de vez da prisão, mas reconhece as dificuldades que tem pela frente. "O problema é que esse trabalho pela Funap vai durar só até o fim da minha pena. Infelizmente as pessoas ainda têm muito medo de empregar um ex-presidiário", diz Alexandre, referindo-se ao preconceito, um dos obstáculos que o Programa Começar de Novo, por meio da conscientização da sociedade, busca transpor.
Já o operário Paulo, condenado por tentativa de homicídio, é mais otimista. "Felizmente eu estou tendo uma oportunidade única de aprender um ofício, para depois procurar emprego. Quero mudar de vida, e já estou conseguindo", comemora ele, que é casado, pai de dois filhos e cumpre pena no regime semiaberto.
Copa do Mundo
Outra iniciativa do Programa Começar de Novo no DF foi o emprego de três detentos nas obras de reforma do Estádio Mané Garrincha, que vai receber jogos da Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014.
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Fonte : CNJ
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