20/4/2020 Cidrac Pereira de Moraes "Os ministros Luis Fux e Roberto Barroso são ardorosos defensores da atuação na atividade privada. Volta e meia estão na XP Investimento defendendo os seus cachês e pregando o desprendimento e em prol do Brasil, mas bem entendido, isso eles pregam para os outros, pois eles vivem há décadas na guarita da viúva e quando podem botam lá os parentes. Barroso, o humanista de boutique, nem leva em consideração as mais de cem emendas à CRFB, o golpe, às queimadas da Amazônia e do Cerrado, a defesa da tortura e dos torturadores feitas pelo presidente da República. Pra ele o país vive no regime democrático, não importa se a realidade seja outra. Quer manter-se sob holofotes, azulzinhos da Rede Globo. O sonho dele é ser presidente da República, se haverá República lá, é outra questão."
22/4/2020 João Baptista Herkenhoff "Que vergonha o Brasil votar contra (clique aqui). Nosso país tem uma tradição diplomática honrosa que não pode ser manchada. Que atentado à memória do Barão do Rio Branco e outros grandes brasileiros."
24/4/2020 Lázaro Piunti "Entrou na academia com um sonho ilógicoNa posse discursou com seu timbre atávicoPintando as mensagens no linguajar líricoBrindou os acadêmicos com sorriso sádico. Escolhendo sua cadeira com o gesto típico Filetes de sapiência no velho viez socrático! Não tardou a exibir seus projetos sórdidosSua paixão secreta cheia de desejos cínicosPor si mesmo eleito o prior dos catedráticosA acalentar na alma seus anseios mórbidosClamava ser Apolo dos deuses emblemáticos E para as acadêmicas pedia favores íntimos. O líder dos seus pares o arguiu bem próximoSegredou conselhos em frases diplomáticasE na elegia do bem teceu loas ao escrúpulo!Uma tentativa vã de corrigi-lo por metáforas Mas fracassou na lógica, pois seu senso lívido Esbarrou na teimosia do confrade esdrúxulo. Restou a última oitiva junto ao comitê de éticaE ele perfilhou poemas em versos sem métricaNa volúpia insensível refluiu do campo lúcidoCom argumentos insípidos provou ser estúpidoReviveu da era pretérita a mais prosaica fábula O débil libelo defensivo puniu o tímido rábula. Na assembleia de expulsão bradando enfáticoDestilou crítica a Pitágoras, o sábio matemático.Inútil sua prédica expendida em tom fleumáticoSem resquício, o nobre sodalício foi pragmático. Eliminou da academia o elemento pornográfico.Mas ele acabou no Senado agente burocrático!"
19/4/2020 Miriam Auxiliadora Ribeiro de Santana "Verbos que indiquem movimento usa-se a preposição 'em' ou 'a'?"
21/4/2020 Carla Almeida "'Quem visitou foi a Rita e o Luís' ou 'quem visitou foram a Rita e o Luís'?"
21/4/2020 Luiz Bispo da Silva Neto "De início, meus parabéns pela coluna. Sempre há um conteúdo interessante e de muito bom proveito para a prática forense. Uma dúvida que gostaria de enviar é justamente a grafia do termo 'juízo', quando faz referência a uma unidade de jurisdição (vara). Seria correto grafar em maiúsculo (Juízo), ou sempre em minúsculo? Ex.: o Juízo da 4ª Vara ou o juízo da 4ª Vara?"
21/4/2020 Cezarino Barbosa "Os favoráveis ao isolamento horizontal são os mesmos que porão os funcionários na trincheira e ficarão na retaguarda para a junção dos cadáveres!"
22/4/2020 Leonardo Magalhães Avelar, Alexys Lazarou e Bruno Navarro - escritório Cascione Pulino Boulos Advogados "'Eu sou, realmente, a Constituição' (clique aqui). Com esta frase o presidente Bolsonaro se defendeu das críticas por ter participado de ato por intervenção militar, fim do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. A frase nos faz recordar àquela atribuída ao rei da França Luis XIV: 'O Estado sou eu'. O sentimento compartilhado entre ambos parece ser a mesma ânsia absolutista, ainda que os séculos de distância tenham, felizmente, desenhos institucionais bastante diferentes. No presente, diante de uma crise socioeconômica sem precedentes, em muito agravada pela pandemia de coronavírus, buscamos lideranças fortes que, de dentro dos poderes constitucionalmente instituídos, possam harmonizar a melhor resposta para o menor dos males. Ao contrário disso, vivendo de um triste passado saudoso da Ditadura Militar, sua conduta pode esbarrar em diplomas legais que formam nossa República, desde as infrações de responsabilidade previstas na Lei de Impeachment – ao atentar contra o livre exercício dos Poderes Legislativo e Judiciário, ou ao provocar animosidade entre militares e as instituições civis (art. 4°, inc. II, art. 6°, inc. I e V, art. 7°, inc. VII, a lei 1.079/50) -, até as condutas inscritas na Lei de Segurança Nacional – pela incitação à subversão da ordem política e à animosidade entre as forças armadas (art. 23, inc. I e II, da lei 7.170/83). Ao que parece, é desenhada uma tentativa de ruptura democrática que favoreça poderes absolutos, que cale qualquer oposição. A escalada autoritária com que persegue tal intento tem sido assistida pelos incrédulos que não deixam de se surpreender com os rompantes do nosso Rei Sol Tupiniquim. Entre um e outro movimento, achar que as bravatas cessarão com o repúdio retórico de nossas autoridades é apostar a nossa normalidade democrática. Por essa razão, em ação contundente, o procurador-Geral da República requisitou a formal instauração de inquérito policial. Afinal, aplicar a lei penal, na crescente que estamos, pode ser necessário."