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Arremates de imóveis em leilão judicial e a oportunidade de negócio

Não há a menor dúvida de que arrematação de imóveis levados a leilão é uma excelente oportunidade de negócio, mas não dá para arrematar apenas analisando o valor da oferta e o valor de mercado.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Atualizado às 14:14

(Imagem: Arte Migalhas)

Arrematar significa "apresentar o mais elevado lance durante um leilão, conseguindo obter o bem leiloado; adquirir em leilão público". A paixão por essa prática de arremates em leilões aumentou muito nos últimos tempos no Brasil.

Bem, trazendo essa questão para a oportunidade de negócio e de gerar renda, podemos dizer que estamos diante de uma excelente oportunidade, pois em tempos de crises a tendência é que o índice de inadimplência cresça muito e, com isso, vários imóveis são vendidos em hasta pública para quitação desses débitos, consequentemente, quanto maior a oferta, menor o valor que o imóvel poderá ser arrematado. É a lei da procura e da oferta.

Milhares de imóveis já estão sendo levados a leilão em todo o Brasil. Existem imóveis para todos os bolsos e gostos. Casas, apartamentos, terrenos, chácara e até fazendas sendo leiloados diariamente por até 50% (cinquenta por cento) do valor de mercado.

Podemos dizer ainda que a arrematação de imóveis levados a leilão judicial é um dos investimentos mais rentáveis existentes hoje no Brasil. Basta imaginar, qual investimento hoje, aliado ao baixo risco poderá te render até 100% do capital investido?

Agora, não dá pra entrar em leilão judicial apenas analisando o valor do imóvel. É preciso cautela e um profissional, que seja um advogado com conhecimento específico na área. Isso porque várias questões práticas precisam ser analisadas para que você possa arrematar imóveis em leilão judicial com total segurança.

Como podemos saber então se determinado imóvel que está sendo levado a leilão é um bom negócio? É preciso verificar o valor de mercado do imóvel e o valor que ele está sendo ofertado em leilão; depois analise a liquidez do imóvel; e, por último e o mais importante, a viabilidades do leilão após a análise da documentação de todas as questões que precisam ser analisadas antes de arrematar o bem.

Várias questões precisam ser analisadas na matrícula do imóvel, no edital de publicação do leilão, no laudo de avaliação e no processo judicial que ensejou o leilão. Por exemplo, analisando a matrícula do imóvel foi identificado que existe registrado um direito real de garantia, uma hipoteca. Nesse caso, é preciso verificar se o credor hipotecário foi intimado do leilão até 5 dias da hasta acontecer, pois caso ele não tenha sido intimado dentro do prazo, você até arrematar o imóvel, mas a hipoteca não será dada baixa. Ao contrário, identificando que o credor hipotecário foi intimado, a hipoteca será baixada após a arrematação.

Assim, não há a menor dúvida de que arrematação de imóveis levados a leilão é uma excelente oportunidade de negócio, mas não dá para arrematar apenas analisando o valor da oferta e o valor de mercado. É preciso ser assistido por um advogado capacitado para atuar na área.

Lilian Albuquerque

Lilian Albuquerque

Vice-presidente da Comissão de Processo Civil da OAB-DF

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