Anuncia-se hoje uma operação da PF que investiga possível corrupção no ministério do Trabalho. Entre as buscas e apreensões, há um absurdo. Prendeu-se provisoriamente um advogado, Bruno Galiano, e fez-se uma busca no escritório do advogado Tiago Cedraz. Ocorre, no entanto, que os advogados estudavam, com AGU, MPT e ministério do Trabalho, uma questão acerca da restituição de contribuições sindicais. O mérito, pouco importa, porque não é necessário entrar nas filigranas jurídicas para se ter certeza de que havia ali um lídimo exercício da advocacia. Aliás, quando houve operação recente envolvendo o ministério do Trabalho, os causídicos, antevendo a confusão que pudesse ser feita, já tinham prestado os esclarecimentos. De modo que, a operação agora serve apenas para criar o espetáculo. Faz-se isso, no entanto, à custa do nobre mister da advocacia.