Salubre
Lavar fraldas em creche não gera adicional de insalubridade, decide TST
A trabalhadora, segundo registros do TRT da 15ª região (SP), estava exposta à umidade – pois lavava as fraldas das crianças da creche – e em contato com crianças portadoras de doenças infecto-contagiosas, além de manusear objetos de uso pessoal das crianças sem prévia esterilização. Com base em laudo pericial conclusivo de que a empregada exercia atividades em ambiente insalubre, o regional concedeu-lhe o adicional de insalubridade.
O município, porém, recorreu ao TST, alegando que a insalubridade significa a exposição permanente e contínua a agentes infecto-contagiosos, os quais, de acordo com os artigos 190 a 195 da CLT (clique aqui), devem estar previstos em atos normativos do Ministério do Trabalho. Segundo o ministro Corrêa da Veiga, não há como reconhecer insalubridade, neste caso, em relação às atividades da empregada na creche.
"Tais atividades não encontram previsão expressa nas Portarias do Ministério do Trabalho", ressalta o relator, informando que o Anexo 10 da NR-15 trata de atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, e o Anexo 14 relaciona as atividades que envolvem agentes biológicos. O ministro concluiu, então, que a atividade desenvolvida pela trabalhadora contratada pela creche não está prevista especificamente nas normas em questão - Anexos 10 e 14 da NR-15 – "motivo pelo qual deve ser reformada a decisão regional para excluir a condenação ao pagamento do adicional de insalubridade e reflexos".
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Processo Relacionado : RR - 71/2007-136-15-00.3 - clique aqui
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