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José Guilherme Villela, ministro aposentado do TSE, é encontrado morto em apartamento em Brasília

Ele foi encontrado ao lado dos corpos da mulher e da empregada da casa.

1/9/2009

O advogado José Guilherme Villela, ministro aposentado do TSE, foi encontrado morto com a esposa, a advogada Maria Villela - que administrava o escritório Villela Advogados Associados -, e a empregada doméstica, identificada apenas como Francisca, ontem, 31/8, em Brasília.

A polícia chegou ao apartamento de Villela, em uma área nobre de Brasília, no início da noite desta segunda. No apartamento, que fica no 6º andar, foram localizados os três corpos em avançado estado de decomposição.

A polícia ainda não sabe a causa das mortes, mas os corpos têm sinais de violência, provavelmente facadas. A suspeita é de triplo homicídio.

De acordo com a delegada que investiga o caso, uma neta do casal disse que desde sexta-feira os avós não eram vistos no escritório de advocacia da família. No início da noite dessa segunda ela não conseguiu contato por telefone. Chamou um chaveiro que abriu a porta do apartamento, encontrando os três corpos.

José Guilherme Villela deixa dois filhos: Adriana e Augusto, que também é advogado.

OAB lamenta morte

O presidente nacional da OAB, Cézar Britto, afirmou que Villela era um profissional muito respeitado em Brasília e que vai indicar um colega para acompanhar as investigações da Polícia Civil.

Segundo Britto, o triste episódio soma-se a uma preocupante estatística de violências contra a advocacia em diversos estados do país. "A OAB  mantém-se na expectativa de esclarecimentos rápidos e consistentes a respeito das circunstâncias e motivações do crime".

Carreira

José Guilherme Villela nasceu em Manhuaçu/MG em 12 de agosto de 1936, filho de José Villela e Olga Pimentel Villela. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da antiga Universidade de Minas Gerais, onde colou grau em 1959.

Villela começou sua carreira profissional como advogado em Belo Horizonte, na década de 1960, principalmente atuando junto aos tribunais superiores. A partir de 1962, passou a ser também procurador do Tribunal de Contas do Distrito Federal, cargo que exerceu até 1988, quando se aposentou e passou em um concurso público para auditor da mesma corte.

Ministro do TSE de 1980 a 1986, nos primeiros anos como Juiz Suplente e nos quatro últimos como Juiz Efetivo - numa e noutra função foi reconduzido após o exercício do primeiro biênio-.

Foi indicado em diversas outras listas tríplices para o cargo, organizadas pelo STF. Além disso, foi professor de direito da Universidade de Brasília - UnB.

 

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