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TJ/SP realiza exposição em homenagem ao seu primeiro presidente, conselheiro Tristão de Alencar Arar

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2/7/2008


Exposição

Conselheiro Tristão de Alencar Araripe será homenageado no TJ/SP

O TJ/SP realizará uma exposição em homenagem ao seu primeiro presidente, conselheiro Tristão de Alencar Araripe, em razão dos cem anos de sua morte.

A abertura da mostra amanhã, 3/7, às 17h, no Salão do Júri, 2º andar do Palácio da Justiça, no centro da capital. Na ocasião, o presidente do TJ/SP, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, descerrará uma placa em homenagem a Tristão Araripe, e o desembargador José Renato Nalini irá discursar em nome do Tribunal de Justiça.

Serão expostos 12 painéis com textos e fotos do conselheiro; pertences pessoais como caneta e tinteiro; um livro de juramento; a ata de instalação da Corte de Segundo Grau de São Paulo; cálice para depósito de votos de jurados em sessões do júri; livros escritos pelo magistrado, entre outros objetos.

Contando com apoio cultural da Associação Comercial de São Paulo, a exposição é temporária e ficará até o final de julho no Salão dos Passos Perdidos, 2º andar do Palácio da Justiça.

Sobre Tristão Araripe

A instalação da Corte de Segundo Grau de São Paulo (Relação de Piratininga) aconteceu no dia 3 de fevereiro de 1874, em sessão solene em que estavam presentes o presidente da Província, João Theodoro Xavier, e inúmeras autoridades. Na ocasião, foram empossados, após o juramento de praxe, substituído por mero compromisso devido à separação da Igreja do Estado, os sete primeiros desembargadores que entraram em exercício no Estado. A presidência da Corte recém-instalada coube ao conselheiro Tristão de Alencar Araripe.

Nasceu em 7 de outubro de 1821, em Icó, então Província do Ceará, tendo se tornado bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1845.

Na magistratura, Tristão de Alencar Araripe iniciou sua carreira como juiz municipal em 1847, em Fortaleza, de onde saiu para ocupar o cargo de juiz de Direito de Bragança, na Província do Pará, em 1854. Dois anos depois, assumiu as funções de chefe de Polícia no Espírito Santo, mesmo cargo que exerceu posteriormente na Província de Pernambuco em 1858.

Nomeado desembargador da Relação da Bahia, em 1880, e mediante aviso ministerial de 6 de outubro seguinte, em nome do Imperador, passou para a Relação da Corte, no Rio de Janeiro. Deixou o cargo para instalar e presidir a Relação de Piratininga, já com as insígnias de Conselheiro Honorário do Império, recebidas por Decreto de 24 de janeiro do mesmo ano.

Em novembro de 1886, o magistrado foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, tendo sido aproveitado, como jurisconsulto, na composição do Supremo Tribunal Federal, recém-implantado na República, cargo que ocupou até se aposentar, em 25 de janeiro de 1898.

Tristão de Alencar Araripe faleceu no dia 3 de julho de 1908, no Rio de Janeiro.

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