Sorteio da obra
Migalhas tem a honra de sortear a obra "Programa de Responsabilidade Civil" (561 p.), escrita por Sergio Cavalieri Filho, gentilmente oferecida pela Editora Atlas.
Sobre a obra:
Por fim, a responsabilidade contratual - estudando suas características, pressupostos e princípios -, sendo, aí, dedicados alguns capítulos ao exame de responsabilidade pela quebra dos mais importantes contratos - como o transportador, do construtor e do incorporador, das instituições bancárias, do segurador etc. Dedica, ainda, um capítulo ao Código do Consumidor, onde coloca as linhas mestras da responsabilidade do fornecedor de produtos e serviços em face do consumidor. Finalmente, dedica o Autor um capítulo à cláusula de não indenizar, e outro à influência da sentença criminal na esfera civil.
A responsabilidade civil conquistou inegável importância prática e teórica no Direito moderno. Não é mais possível ignorá-la. Outrora circunscrita ao campo dos interesses privados, hoje sua seara é das mais férteis, expandindo-se pelo Direito Público e Privado, contratual e extra contratual, aéreo e terrestre, individual e coletivo, social e ambiental, nacional e internacional. Pode-se dizer que seus domínios são ampliados na mesma proporção em que se multiplicam os inventos, as descobertas e outras conquistas da atividade humana. Alguns princípios da responsabilidade civil ganharam status de norma constitucional após a Carta de 1988, sem se falar no enriquecimento que lhe trouxe a edição do Código de proteção e defesa do Consumidor, que regula todas as relações de consumo, em seus múltiplos aspectos.
Prova disso é a vastíssima literatura jurídica sobre o inesgotável tema da responsabilidade civil, e a extraordinária freqüência com que os Tribunais são chamados a decidir conflitos de interesses nessa área.
A riqueza de temas, todavia, e a amplitude de seu campo de atuação, a par de tornarem a jurisprudência extremamente abundante e dinâmica, dificultam uma sistematização doutrinária ou científica da responsabilidade civil; cada um dos seus novos desdobramentos, se, por um lado, traz luz sobre determinado aspecto da questão, por outro, cria verdadeiras zonas cinzentas, de modo a não permitir consenso sobre outros aspectos. Tem-se dito, com absoluto acerto, que, para trilhar os caminhos da responsabilidade civil, o estudioso necessita, além de não perder de vista a constante evolução social, utilizar com freqüência a lógica do razoável.
Isso basta para evidenciar a perplexidade que assalta o estudante do Direito ao ser apresentado ao tema. Assim que inicia seus estudos de responsabilidade civil, tem que penetrar numa densa e vasta floresta de doutrinas, teorias e correntes jurisprudenciais, com verdadeiros emaranhados de controvérsias. Então, por falta de rumo, acaba por se perder em seus estudos, embaralhando conceitos e princípios, quando não ocorre o pior – a desistência da caminhada.
Há, inegavelmente, obras clássicas sobre o assunto, notáveis por sua extensão e profundidade. Sempre considerei um contra-senso, entretanto, introduzir o estudante do Direito ao conhecimento de uma determinada matéria pelas mesmas obras que são utilizadas pelos juristas, magistrados e advogados na elaboração dos seus trabalhos. Seria, mutatis mutandis, ensinar alguém a ler iniciando por Os Lusíadas, ou por Os Sertões de Euclides da Cunha.
O objetivo deste trabalho evidencia-se no seu próprio título. Trata-se de um programa de responsabilidade civil, ministrado no Curso de Direito da universidade Estácio de Sá, cuja finalidade precípua é dar aos estudantes, no curto período de um semestre, uma visão panorâmica e didático-pedagógica da matéria. Para maior aprofundamento, remetemos o estudante às obras clássicas, como a do inigualável Aguiar Dias, e outros mais.
Sobre o autor:
___________
-
Jéssica Ricci Gago, advogada do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, em São Paulo/SP
____________