Justiça
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Leia abaixo a matéria na íntegra.
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Após escândalos, Adriana Telini diz que vai parar de advogar
Se dependesse do interesse da OAB, a advogada Adriana Telini Pedro poderia estar trabalhando normalmente hoje. Não está. Ela resolveu se antecipar de uma eventual punição e decidiu parar de advogar por conta própria. Não vai mais atuar até a conclusão dos processos que responde na Justiça. Já está desativando seu amplo escritório na área Central de Franca.
Após passar dez dias na cadeia e ser indiciada, Adriana Telini decidiu parar de trabalhar até o final dos processosAdriana Telini é acusada de associação para o tráfico de drogas e de formação de quadrilha. Por conta destas denúncias, feitas pela Polícia Civil há dois anos, chegou a ser suspensa, mas recorreu e vinha trabalhando normalmente. No dia 31 de janeiro, foi presa pela DIG acusada de envolvimento em um roubo de jóias avaliadas em R$ 120 mil. Passou dez dias na cadeia de Batatais e foi colocada em liberdade no fim de semana, pois o MP não acatou o pedido de prisão preventiva feito pela polícia. Por causa desta denúncia, responderá a dois novos processos criminais: por formação de quadrilha e tentativa de latrocínio (uma das vítimas foi baleada durante o roubo das jóias).
Apesar da intensa repercussão que a prisão da advogada teve, a OAB ficou aguardando uma comunicação oficial da polícia para tomar alguma providência. Não foi preciso. Na segunda-feira, dia em que estaria livre para abrir as portas de seu escritório e atender os clientes, Adriana Telini anunciou o seu afastamento da função.
Imagem feita no dia <_st13a_personname w:st="on" productid="em que Adriana Telini">em que advogada foi presa mostra letreiro na fachada do escritório: ontem à tarde, a propaganda já havia sido retirada e a porta do imóvel se manteve fechada
"Foi uma decisão pessoal da advogada. Por ora, ela vai parar de advogar em razão das acusações que vem sofrendo. Se for absolvida, moverá ação por danos morais contra o Estado", disse ao Comércio o advogado de Telini, Rui Engrácia Garcia.
Quem passa pela Rua Marechal Deodoro, no Centro, já percebe as mudanças no escritório da advogada. As letras garrafais que anunciavam "Advocacia Adriana Telini Pedro" foram retiradas da fachada, num claro sinal de que ela não pretende mais despachar no local. A porta com vidros escuros permanece fechada e o interfone está desligado. Rui Engrácia informou que a cliente se retirou da cidade por alguns dias. Estaria em um retiro espiritual para refrescar a cabeça.
Na tarde de ontem, o presidente da OAB Franca, Mansur Jorge Said Filho, informou que foi aberto um processo ético contra ela. "Por força de nosso estatuto, eu não tinha como tomar alguma atitude só com base nas matérias divulgadas pela imprensa. Precisava da comunicação oficial da polícia, o que só aconteceu ontem. Hoje vou entregar o processo ao Tribunal de Ética e Disciplina, de Ribeirão Preto, sugerindo sua suspensão preventiva por 90 dias". Mansur Said Filho afirmou que o fato de Adriana Telini ter decidido se afastar da profissão não a exime de responder a processo disciplinar.
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