Desvio na saúde
Na casa de Silva, em Recife, a PF apreendeu R$ 120 mil, US$ 20 mil e 7 mil euros. Além de Gomes da Silva, foram presos outros cinco funcionários do Ministério da Saúde. Três empresários - entre eles o vice-presidente do Jornal de Brasília, Lourenço Rommel Pontes Peixoto - estavam sendo procurados no início da noite de ontem.
A fraude, segundo o delegado Wagner Castilho, da superintendência da PF em São Paulo, ocorria da seguinte forma: os empresários tinham o monopólio das importações, combinavam o preço dos produtos com a anuência de funcionários do ministério e vendiam ao governo a mercadoria superfaturada.
As autoridades acreditam que o esquema vinha funcionando há pelo menos 13 anos. Em Genebra, o ministro da Saúde, Humberto Costa, interrompeu sua agenda para voltar ao Brasil, a pedido do presidente Lula. Responsável pela contratação de Gomes da Silva, o ministro se disse "profundamente surpreso e decepcionado" por saber que ele estava implicado no escândalo.
Pelos levantamentos do Ministério da Saúde, os prejuízos passam de R$ 170 milhões por ano.
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