ONU aprova uso de transgênicos
De acordo com o relatório, os OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) já ajudaram economicamente pequenos fazendeiros, apresentaram ganhos ambientais - com a redução do uso de pesticidas e herbicidas tóxicos - e não demonstraram efeitos nocivos à saúde.
O problema, de acordo com a FAO, é que, até agora, a tecnologia tem sido mais utilizada para culturas agrícolas de grande interesse comercial.
Para Harwig de Haen, assistente do diretor geral do departamento econômico e social da FAO, a biotecnologia não resolve o problema da fome no mundo, mas pode ajudar de três maneiras: aumentando a produção e rendimento dos fazendeiros, aumentando o suprimento de alimentos no mundo e contribuindo para a melhoria nutricional das colheitas.
Porém, de acordo com Haen, para garantir os benefícios aos mais pobres, os governos de todo o mundo devem se envolver mais na pesquisa e desenvolvimento de novas sementes, em vez de deixarem a tarefa nas mãos de corporações privadas.
O relatório aumenta o debate sobre o tema. De um lado, os que defendem os transgênicos dizem que as plantações podem resistir a insetos e receber vitaminas extras, representando vantagens para fazendeiros e consumidores. De outro, os oponentes dizem que as plantações com transgênicos trazem riscos desconhecidos à saúde e ao ambiente e que apenas as multinacionais que desenvolvem e vendem sementes geneticamente modificadas se beneficiam.
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