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OAB pede ao CNJ revisão de normas que afetam prerrogativas da advocacia

Ordem defende a preservação das legislações estaduais sobre advocacia dativa, visando proteger as prerrogativas da classe.

25/1/2025

A OAB Nacional protocolou três petições junto ao CNJ para evitar medidas que, segundo a entidade, comprometem o exercício da advocacia.

As solicitações tratam de sustentação oral síncrona nos julgamentos virtuais, manutenção do prazo de dez dias para contagem em intimações eletrônicas e respeito às legislações estaduais sobre advocacia dativa.  

Recentemente, o STJ regulamentou sessões de julgamento em formato virtual assíncrono. Para o presidente da OAB, Beto Simonetti, “os termos apresentados pelo provimento são extremamente prejudiciais à advocacia”.

Ele destacou que as mudanças afetam diretamente o exercício da profissão e o acesso à Justiça.

“A advocacia brasileira não aceitará retrocessos que ferem suas prerrogativas e desrespeitam a Constituição.”  

OAB atua no CNJ para barrar normativas que ameaçam o exercício da advocacia.(Imagem: Raul Spinassé/CFOAB)

Sustentação oral  

A OAB requer ao CNJ, por meio de petição dirigida ao ministro Luís Roberto Barroso, a suspensão da resolução 591/24, que limita a realização de sustentações orais síncronas.

O CF/OAB argumenta que a sustentação oral durante o julgamento “garante a plena e efetiva atuação da advocacia, estimulando o debate entre os julgadores, aprimorando o contraditório e viabilizando decisões melhor fundamentadas”.  

Leia a petição.

Manutenção do prazo em intimações eletrônicas  

Outra petição solicita a preservação do prazo de dez dias para leitura das intimações eletrônicas, conforme previsto na lei 11.419/06, criticando a alteração promovida pela resolução CNJ 455/22.

De acordo com a OAB, a mudança representa um retrocesso e aumenta a sobrecarga de trabalho, sem qualquer justificativa razoável.  

Leia o peticionamento.

Advocacia dativa  

O terceiro pedido da OAB, apresentado ao conselheiro Pablo Coutinho, defende a manutenção das legislações estaduais sobre advocacia dativa, destacando a autonomia regional garantida pela Constituição.

O documento ressalta que a imposição de um critério único fragiliza a eficácia de modelos locais e pode causar interferências indevidas da Defensoria Pública nos convênios entre tribunais e seccionais da OAB.  

A OAB segue vigilante e mobilizada para garantir o respeito às prerrogativas da advocacia e o cumprimento das garantias constitucionais.  

Leia a petição.

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