Falecimento
Senador ACM morre aos 79 anos <_st13a_personname w:st="on" productid="em São Paulo">em São Paulo
O ex-presidente do Senado Federal e, por conseqüência, ex-presidente do Congresso Nacional, foi internado no dia 13 de junho para tratar problemas cardíacos e renais. A família ainda não informou onde acontecerá o velório e o enterro.
Antonio Carlos Peixoto de Magalhães foi um dos mais influentes nomes do cenário político brasileiro nos últimos quarenta anos, e manteve-se como força atuante em governos dos mais variados matizes ideológicos, desde o regime militar instituído em 1964 até a atual administração do petista Lula.
Nascido em 4 de setembro de 1927 e médico por formação, ACM pode atribuir seu ingresso na vida política à atuação como líder estudantil. Foi também Presidente do Diretório Central de Estudantes na Universidade Federal da Bahia.
Filiado à União Democrática Nacional, foi eleito deputado estadual em 1954 e por três vezes deputado federal, em 1958, 1962 e 1966. Assumiu a prefeitura de Salvador/BA em 1967, já ligado à Arena (Aliança Renovadora Nacional), partido de base do governo militar.
Em seguida, ACM foi governador da Bahia por três vezes. Os dois primeiros mandatos foram de 1971 a 1975 e de 1979 a 1983, por indicação do regime militar. O terceiro em eleições diretas por escolha popular, de 1991 a 1994.
Esteve ainda à frente da Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A), em 1975, nomeado pelo então presidente da República Ernesto Geisel, e do Ministério das Telecomunicações, durante o governo de José Sarney.
Em 1994, foi eleito para a primeira legislatura como senador pelo Estado da Bahia. Presidiu a Casa entre 1997 e 2001. Em 30 de junho de 2001, durante as investigações sobre sua conduta no episódio da quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado, viu-se obrigado a renunciar ao mandato, em uma estratégia para manter os direitos políticos e retornar ao circuito nas eleições do ano seguinte.
No entanto, o principal revés de ACM, ocorreu em 21 de abril de 1998, com a morte de seu filho, o deputado federal Luís Eduardo de Magalhães, vítima de um infarto aos 43 anos.
ACM manteve-se ativo e teve seu campo de influência renovado com as eleições de 2002, quando foi eleito novamente ao Senado. Ele ainda contribuiu para a chegada do aliado Paulo Souto ao governo da Bahia, e de Antonio Carlos Magalhães Neto à Câmara Federal.
Em 2003, ACM esteve envolvido em novo escândalo. Dessa vez, foi acusado de utilizar a estrutura da Secretaria de Segurança Pública da Bahia para realizar escutas telefônicas ilegais contra seus desafetos políticos. Após a abertura de inquérito pela Polícia Federal e da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República, o caso acabou arquivado pelo STF.
Nas eleições de 2006, foi duplamente derrotado. Nacionalmente, seu candidato Geraldo Alckmin não conseguiu impedir a reeleição de Lula; regionalmente, ACM viu o aliado Paulo Souto perder um novo período à frente do governo estadual baiano, ainda no primeiro turno, para o petista Jaques Wagner.
Com sua morte, aos 79 anos, ACM será substituído pelo filho, Antonio Carlos Magalhães Júnior, que assume a vaga como suplente durante o restante do mandato no Senado, até 2011.
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