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Justino de Oliveira Advogados completa 25 anos

As comemorações incluem o lançamento do livro "Público e Pragmático Vol. 1" em um jantar para 70 pessoas, em São Paulo. A obra reúne artigos do fundador Gustavo Justino de Oliveira.

22/10/2024

Referência em soluções amigáveis em conflitos envolvendo a Administração Pública, o escritório Justino de Oliveira Advogados acaba de completar 25 anos. As comemorações incluem o lançamento do livro "Público e Pragmático Vol. 1" (editora Amanuense) em um jantar para 70 pessoas, no Barolo Trattoria, em SP. A obra reúne artigos do fundador Gustavo Justino de Oliveira.   

Recentemente, o escritório foi contratado recentemente pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), de Washington, para prestar consultoria especializada na estruturação de dispute boards, nos contratos de parcerias público-privadas, em projetos de saneamento firmadas pelo governo do Peru. 

É interessante ter feito essa consultoria no Peru, sendo que no Brasil a gente ainda não tem o dispute board bem desenvolvido. A tendência é que prestemos esse tipo de serviço em outros países da América do Sul. Costumo dizer que o escritório teve a fase Curitiba, a fase São Paulo, e agora fortalece a fase Mundo”, observa Justino.  

Professor doutor de Direito Administrativo da Faculdade de Direito da USP e do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Justino também tem participado da estruturação de programas federais de soluções extrajudiciais, como o Resolve e o Pacifica, da Advocacia-Geral da União. Ainda colabora com a criação da Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso), do Tribunal de Contas da União.   

Carreira de sucesso  

Mestre, doutor e pós-doutor em Arbitragem Internacional (Alemanha) e Direito Administrativo (Portugal), Justino atua também como membro de órgãos consultivos, como o Comitê Gestor de Conciliação, vinculado à Comissão Permanente de Solução Adequada de Conflitos do Conselho Nacional de Justiça, e do grupo de trabalho criado pela AGU para regulamentar a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia.   

Dentre essas consultorias, destaca-se o recente trabalho feito para a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), também via BID, na elaboração da Resolução nº 209, que estabelece procedimentos de mediação regulatória para conflitos no setor de saneamento básico.

Justino também é membro honorário no Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial e árbitro em diversas câmaras em todo o país, como a Câmara de Arbitragem do Mercado (B3), a Câmara FGV-Rio e o Conselho Arbitral do Estado de São Paulo.   

Professor Gustavo Justino de Oliveira(Imagem: Divulgação)

Desbravando fronteiras  

A história do Justino de Oliveira Advogados tem início em 1999, em Curitiba, quando Justino ainda era procurador estadual no Paraná. Era o início do segundo mandato do governo Fernando Henrique Cardoso, marcado por privatizações e a criação de órgãos de controle.  

Pouco tempo depois, Oliveira mudou-se para São Paulo, onde fora aprovado no concurso para titular da Faculdade de Direito da USP. Fora da carreira pública no Paraná, a mudança lhe permitiu, de acordo com a autobiografia “A Arte de se Inspirar”, uma “proximidade maior com os clientes, com uma relação mais humana”, que a atividade na procuradoria não permitia. 

Os clientes no principal centro financeiro da América Latina chegavam à medida que o professor falava de assuntos complexos em aulas, palestras, eventos, conferências e publicações como articulista e pesquisador. Os primeiros clientes foram concessionárias de serviços públicos, ONGs, prefeituras e empresas que queriam investir nas áreas social, cultural, de saúde e de educação.   

O trabalho focado em mediação, negociação e arbitragens foi mostrando resultado e os chamados “dispute boards”, até então uma novidade, ganharam forma graças às proposições do escritório com base em casos concretos em que atuava e nos desafios discutidos em sala de aula.     

O núcleo do escritório nasceu como uma espécie de laboratório, um espaço onde eu posso me exercitar, afinal, um acadêmico jurista que pratica estabelece uma ponte com o que leciona”, conta Justino.   

“O experimentalismo está bastante presente no Direito contemporâneo, mas antes havia muito receio. E é algo que sempre fiz: às vezes, prestava um serviço, teorizava em cima daquela prática e a transformava em método. O contrário também: estudava um tema novo que, de repente, levava para o escritório”, explica.     

Advocacia de negociação 

A advocacia de negociação consolidou-se no DNA do escritório, que tinha como meta a prevenção de conflitos. O objetivo é deixar para o Judiciário apenas situações que realmente demandem a intervenção de um juiz.   

Foi com essa atuação extrajudicial, orientada ao consenso, que o Justino de Oliveira Advogados conquistou uma marca tanto no poder público quanto no mercado privado.   

Segundo o jurista, diante do volume crescente de ações, o Judiciário tem sido cada vez mais sensível a soluções negociadas, motivo pelo qual o CNJ tem estimulado alternativas ao processo.   

Os primeiros passos do escritório em busca de uma menor judicialização foram decisivos para o país hoje contar com uma legislação consolidadas sobre o tema — incluindo a negociação de débitos tributários, um tabu. Aos poucos, o tema foi aperfeiçoado e hoje o escritório auxilia clientes dos setores público e privado a construir regras e resolver impasses a partir da negociação mútua.   

O experimentalismo também levou o Justino de Oliveira a tratar cientificamente de Terceiro Setor quando o tema ainda era uma novidade, na década de 1990. Na política, abordou, tecnicamente, os conselhos e orçamentos participativos. O uso de tecnologia pelo poder público e sua respectiva regulação — ou “governo digital” — é outro tema em que o Justino de Oliveira Advogados se especializou. 

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