Migalhas Quentes

MPF se manifesta contra proposta que pode privatizar acesso a praias

A proposta, segundo o MPF, pode acarretar riscos socioambientais e comprometer a segurança pública, além de favorecer a privatização das praias.

6/9/2024

O Ministério Público Federal se posicionou contra a PEC 3/22, que visa transferir terrenos de marinha – áreas litorâneas pertencentes à União – para estados, municípios e ocupantes privados.

Em uma nota técnica elaborada pelo Grupo de Trabalho Terras Públicas da Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral do MPF, o órgão argumenta que a medida traria impactos socioambientais negativos, além de riscos à segurança nacional e pública. A nota foi encaminhada ao Senado, onde a PEC está em debate.

Segundo o MPF, a proposta pode levar à privatização das praias, restringindo o acesso da população a essas áreas e permitindo que empresas controlem os terrenos, o que incentivaria a especulação imobiliária, sobretudo em regiões sensíveis do ponto de vista ambiental.

408748

MPF é contra proposta que transfere terrenos de marinha para particulares, estados e municípios.(Imagem: Tânia Rego/ Agência Brasil)

O órgão alerta para os perigos de facilitar o tráfico de drogas e a entrada de armas no país, considerando que a transformação das praias em propriedades privadas dificultaria o controle policial nesses locais.

A nota técnica também critica a transferência de gestão dessas áreas para os municípios, argumentando que o atual modelo, com termos de adesão à gestão de praias (TAGP), já confere autonomia para que os municípios administrem essas regiões, enquanto a PEC isentaria a União de responsabilidades por irregularidades nas praias.

Os defensores da PEC justificam que a medida visa regularizar terrenos em municípios litorâneos que cresceram sobre áreas de marinha, dando segurança jurídica a proprietários e facilitando o planejamento urbano.

No entanto, o MPF alerta que a PEC ignora a complexidade jurídica envolvendo terrenos de marinha e praias, prolongando a insegurança jurídica e gerando mais problemas que soluções.

Leia a nota técnica.

Com informações do MPF.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

PEC das praias: Entenda a proposta que gerou polêmica

5/6/2024
Migalhas de Peso

A absurda PEC da privatização das praias do Brasil

5/6/2024

Notícias Mais Lidas

Leonardo Sica é eleito presidente da OAB/SP

21/11/2024

Justiça exige procuração com firma reconhecida em ação contra banco

21/11/2024

Ex-funcionária pode anexar fotos internas em processo trabalhista

21/11/2024

Câmara aprova projeto que limita penhora sobre bens de devedores

21/11/2024

PF indicia Bolsonaro e outros 36 por tentativa de golpe em 2022

21/11/2024

Artigos Mais Lidos

A insegurança jurídica provocada pelo julgamento do Tema 1.079 - STJ

22/11/2024

O fim da jornada 6x1 é uma questão de saúde

21/11/2024

ITBI - Divórcio - Não incidência em partilha não onerosa - TJ/SP e PLP 06/23

22/11/2024

Penhora de valores: O que está em jogo no julgamento do STJ sobre o Tema 1.285?

22/11/2024

A revisão da coisa julgada em questões da previdência complementar decididas em recursos repetitivos: Interpretação teleológica do art. 505, I, do CPC com o sistema de precedentes

21/11/2024