Mais de 4.700 crianças e adolescentes brasileiros esperam por um lar. O dado foi divulgado pelo CNJ que, na semana do Dia Nacional da Adoção, busca incentivar este ato de amor.
Na sessão do CNJ da última terça-feira, 21, ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Conselho e do STF, anunciou o lançamento de um novo módulo do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento. O objetivo é dar maior transparência e segurança no acompanhamento de crianças que estão em medidas protetivas de acolhimento, e facilitar o encontro entre pessoas habilitadas para adotar crianças e adolescentes em condições de serem adotados.
O ministro deu destaque para uma ferramenta que permite a busca ativa, permitindo combinar a expectativa dos adotantes com as circunstâncias de quem está sendo adotado: “uma espécie de Tinder para fins de adoção”, brincou o ministro, destacando a relevância da política pública, que pode mudar a vida de crianças e jovens.
Assista:
“Essa é uma ferramenta muito útil. Mal comparando, é uma espécie de Tinder para fins de adoção, em que se combina a expectativa de quem quer adotar com as circunstâncias de quem está sendo adotado.”
380923
A ferramenta permite aos mais de 36 mil brasileiros habilitados a adoção terem acesso ao perfil de mais de 1.100 crianças ou adolescentes que ainda não encontraram sua família por adoção – seja por questão de idade, por terem irmãos ou por apresentarem doenças ou deficiências.
Barroso destacou que, desde sua integração, em 2023, a plataforma viabilizou o andamento do processo de adoção de quase 500 crianças e adolescentes, sendo 60% crianças acima de 8 anos, 81% de grupos de irmãos, e 14% de crianças com deficiência.
Em 2024 foram concluídas 111 adoções por busca ativa, 10% de todas as adoções.