O livro "Faces públicas do julgamento", (Kotter Editorial, 390 p.), escrito por Ribas de Lima, se preocupa com a maneira como as pessoas respondem pelo e para o justo - se é que, perante ele, elas respondem. Imputação. Opinião. Ato. Discordância. Polêmica. Res-ponsabilidade. Decisão. Discernimento.
A polarização política dos últimos anos tornou trivial a confusão entre verdade e opinião. Reclamar por Justiça antepõe convicções à resposta, o que agrava a probabilidade de rotulação dos interlocutores em um dos polos do dissenso. É possível indagar, para cada debate aberto, como posicionar-se com equidade?
Um passo atrás, talvez, deva ser dado. Tateiam-se experiências mais imediatas: como as pessoas tomam julgamentos alheios e como elas os respondem. A chave para essas vivências não está no que se compreende, consigo mesmo, mas no que se compreende entre as controvérsias. O campo de investigação se circunscreve. Julgamentos discordam ou concordam entre si. Entre encontros e discussões, nas diversas maneiras de suas ocorrências, estão os nossos objetos de estudo.
A pergunta se amplia. Ao desabilitar o impasse de como se julga, preocupa-se com o que é um julgamento; ou melhor, como reconhecer um julgamento justo. A resposta para essa pergunta tornou-se o objetivo.
Sobre o autor:
Ribas de Lima é advogado atuante, empenha-se nos rumos da regulamentação da opinião, e contesta a forma de como a ética é apreendida no Direito, tanto na academia quanto pelas suas subordinações partidárias no âmbito institucional.
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Ganhadora:
- Fábia Cristina Walter, de Tapurah/MT