O Senado confirmou os nomes dos oito indicados para compor o CNJ e dos dois nomes indicados para o CNMP. Os nomes já haviam sido aprovados em sabatina na CCJ.
CNJ
A advogada Daiane Nogueira de Lira teve sua indicação relatada pelo senador Mecias de Jesus. Ela foi aprovada com 67 votos a favor e apenas sete contrários. Indicada para vaga destinada à Câmara dos Deputados, Daiane de Lira tem graduação em direito pela Unifor - Universidade de Fortaleza. É advogada da União desde 2009 e, em 2013, assumiu a chefia de gabinete do ministro Dias Toffoli, do STF. Ela integra o Instituto Nós Por Elas, entidade que promove campanhas de combate à violência contra a mulher.
A indicação de Mônica Autran Machado Nobre, relatada pela senadora Augusta Brito, teve 68 votos favoráveis e seis contrários, além de duas abstenções. Indicada para a vaga destinada ao STJ no Conselho, Mônica Nobre é formada em direito pela PUC/SP. Assumiu o cargo de juíza Federal em 1996 e, desde 2013, é desembargadora do TRF da 3ª região. Ela integra a 4ª turma do TRF, especializada em Direito Público.
Daniela Pereira Madeira foi aprovada com 70 votos a favor e cinco contrários, além de uma abstenção. Ela teve sua indicação relatada pela senadora Zenaide Maia. Indicada para outra vaga destinada ao STJ no Conselho, Daniela Madeira tem graduação em direito pela Universidade Santa Úrsula. Desde 2002, é juíza Federal do TRF da 2ª região. Atua como juíza auxiliar na Corregedoria do Conselho da Justiça Federal, na turma nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais e no próprio CNJ.
Também foi aprovado o nome de José Edivaldo Rocha Rotondano, com 68 votos favoráveis e sete contrários, além de uma abstenção. Sua indicação foi relatada pelo senador Cid Gomes. Indicado para vaga destinada ao STF no Conselho, é formado em direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Rotondano foi promotor e procurador de Justiça na Bahia entre 1984 e 2012, quando assumiu o cargo de desembargador estadual. Também foi corregedor eleitoral entre 2019 e 2020 e, desde 2022, atua como corregedor-geral do TJ/BA.
O plenário confirmou o nome de Renata Gil de Alcantara Videira, com o placar de 74 votos a favor e três contrários. Ela teve sua indicação relatada pela senadora professora Dorinha Seabra. Indicada para vaga destinada ao STF, é graduada em direito pela Uerj - Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Ingressou na magistratura em 1998, como juíza do TJ/RJ. Em 2019, foi eleita a primeira mulher presidente da AMB - Associação dos Magistrados Brasileiros. Desde janeiro, é juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça.
Com a indicação relatada pelo senador Eduardo Gomes, o nome de Guilherme Augusto Caputo Bastos também foi confirmado no plenário. Ele recebeu 72 votos e quatro contrários, além de duas abstenções. Indicado para vaga destinada ao TST, tem graduação em direito pela UnB - Universidade de Brasília, especialização pelo Ceub - Centro de Ensino Unificado de Brasília e doutorado pela Universidade Nove de Julho. É autor do livro “O Dano Moral no Trabalho”. Assumiu o cargo de Juiz do Trabalho em 1989 e, desde 2007, é ministro do TST.
Outro nome para o CNJ aprovado no plenário foi o de Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha. Foram 67 votos a favor e sete contrários, com uma abstenção. Ele teve sua indicação relatada pelo senador Otto Alencar. Indicado para vaga destinada ao TST no Conselho, Alexandre Cunha tem graduação em direito pela Universidade Gama Filho. É juiz do Trabalho desde 1991 e, em 2005, foi promovido para o TRT da 1ª região, com jurisdição no estado do Rio de Janeiro. Integra a seção especializada em dissídios coletivos e, entre 2014 e 2015, atuou como convocado junto à 1a turma do TST.
Por fim, foi confirmado o nome de Guilherme Guimarães Feliciano. Foram 47 votos favoráveis e 30 contrários, além de uma abstenção. Ele teve sua indicação relatada pelo senador Fabiano Contarato. Indicado para vaga destinada ao TST, é formado em Direito pela USP - Universidade de São Paulo. Aprovado em primeiro lugar, assumiu o cargo de juiz do Trabalho em 1997. Desde 2006, é titular da 1ª vara do Trabalho de Taubaté/SP. Atua como professor da USP, do Centro Universitário UDF, da Universidade de Taubaté e do Centro Universitário Salesiano São Paulo.
CNMP
Com a indicação relatada pela senadora Ana Paula Lobato, a juíza Cíntia Menezes Brunetta recebeu 67 votos a favor e apenas cinco contrários, além de uma abstenção. Indicada pelo STJ para a vaga destinada à corte no CNMP, formou-se em direito na UFC - Universidade Federal do Ceará em 2002. É mestra em direito pelo Centro Universitário Christus e doutora em direito pela Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo. É juíza Federal desde 2004 e professora nos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo. Foi secretária-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados.
O plenário também confirmou o nome de Edvaldo Nilo de Almeida para o CNMP. Foram 64 votos a favor e seis contrários. Ele teve sua indicação relatada pelo senador Ciro Nogueira. Indicado ao CNMP para a vaga destinada à Câmara dos Deputados, é formado em direito pela Unifacs - Universidade de Salvador desde 2004. Mestre em direito constitucional pelo IDP - Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, ele também é doutor em Direito do Estado pela PUC/SP. É pós-doutor em democracia e direitos humanos pela Universidade de Coimbra, de Portugal, e em direitos humanos pela Universidade de Salamanca, na Espanha.
Informações: Agência Senado